A Polícia Judiciária deteve três homens que levavam a cabo um esquema de apropriação e revenda de materiais, fazendo-se passar por outras pessoas.
De acordo com um comunicado enviado às redações esta terça-feira, as detenções ocorreram na sequência de mandados emitidos pelo DIAP de Loulé, nos quais estava prevista a realização de "várias buscas domiciliárias e não domiciliárias" na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Segundo o que explica a autoridade na nota, os agora suspeitos realizavam encomendas - relacionados com cobre ou materiais de construção - junto de empresas do setor. Ao realizar estas ações, identificavam-se "falsamente como colaboradores de empresas clientes".
Já em relação à recolha dos materiais encomendados, os três detidos, com idades compreendidas entre os 44 e os 62 anos, recorriam "à contratação de empresas de transporte, pagando contra a entrega de cheques bancários falsificados".
"Desta forma, os suspeitos evitavam qualquer contacto direto com os lesados, apropriando-se das mercadorias que revendiam rapidamente, utilizando a identidade de terceiros para a respetiva faturação, conseguindo, deste modo, não serem associados diretamente aos negócios ilícitos", lê-se na nota.
Segundo a PJ, há registo de "várias" ocorrências praticadas neste âmbito desde 2021, a maioria das quais foram "consumadas". De acordo com a nota, esta situação resultou num "prejuízo direto" para as vítimas estimado em cerca de 130 mil euros, "para além de afetarem a imagem e o bom nome das empresas em nome das quais se apresentavam, admitindo-se que possam existir mais vítimas.
"Nas buscas realizadas foi possível localizar e apreender um considerável acervo de elementos de prova", lê-se no comunicado, que refere que o trio será presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
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