Em comunicado, a AT refere que nesta operação, denominada "Fakecork", foram cumpridos 24 mandados de busca, sendo 12 domiciliárias, nos concelhos de Santa Maria da Feira, Ovar, Espinho e Vila Nova de Gaia, por suspeitas da prática do crime de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
"Sob suspeita estão empresas do setor corticeiro que alegadamente estarão envolvidas num esquema de emissão e utilização de faturação falsa e de simulação de pagamentos no valor de aproximadamente 50 milhões de euros que terão lesado o erário público em mais de 15 milhões de euros", refere a mesma nota.
Segundo a AT, esta operação é o culminar de uma investigação, iniciada em 2018, que contou com ações de vigilância e interceção de comunicações telefónicas e eletrónicas e bem assim com a análise a fluxos financeiros.
No âmbito destas diligências foram constituídos 22 arguidos, que ficaram sujeitos à medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
As autoridades apreenderam ainda "documentação, telemóveis e outros equipamentos eletrónicos tidos como relevantes para prova dos ilícitos em causa" e mais de cem mil euros em dinheiro.
A ação realizada pela Direção de Finanças de Aveiro, no âmbito de um processo-crime que corre termos no Departamento Investigação e Ação Penal (DIAP) de Santa Maria da Feira, contou com a participação de 98 inspetores tributários e aduaneiros, 51 militares da GNR e seis agentes da PSP.
Leia Também: Setor português da cortiça fatura 2.000 milhões de euros em 2022