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Grelha salarial? SIM espera que "ministro da Saúde cumpra o que disse"

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, disse esperar, para este segundo dia de greve nacional destes profissionais, uma adesão "muito próxima daquilo que aconteceu ontem".

Grelha salarial? SIM espera que "ministro da Saúde cumpra o que disse"
Notícias ao Minuto

08:22 - 26/07/23 por Ema Gil Pires

País SIM

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, disse esta quarta-feira, em declarações à RTP, esperar que o "ministro da Saúde cumpra o que disse" relativamente à proposta de revisão da grelha salarial dos médicos, dizendo desejar que a mesma seja "séria".

As declarações surgem depois de, na terça-feira, o ministro Manuel Pizarro ter garantido que a proposta seria enviada esta quarta-feira aos sindicatos representantes da classe.

"Estamos há cerca de 14 meses neste processo negocial, sendo fundamental que existam propostas e contrapropostas", argumentou hoje Jorge Roque da Cunha.

O representante do SIM disse ainda ser "importante que as pessoas percebam que um médico especialista aufere cerca de 1.800 euros líquidos" e que "existe o compromisso, há já um ano, por parte do Ministério da Saúde, de apresentar essa proposta - bem como a proposta da organização das urgências e da dedicação plena".

E vaticinou, explicando aquela que argumentou ser "uma das razões para este protesto": "Nós esperamos que isso aconteça, já que não aconteceu até agora".

Sobre aquele que será já o segundo dia de uma greve nacional de médicos, convocada precisamente pelo SIM, a "expetativa" passa pela existência de uma adesão "muito próxima daquilo que aconteceu ontem" - que, segundo dados divulgados pelo sindicato, rondou os 90% no primeiro dia.

E explicou: "Há uma grande insatisfação dos médicos, perfeitamente justificada. Nós temos tido a maior paciência do mundo, e os médicos não veem alterações nos seus salários há mais de 12 meses".

Jorge Roque da Cunha atribuiu ainda ao Governo a "responsabilidade" pelo atual estado do SNS (Serviço Nacional de Saúde). "Verifica-se que, dada a falta de investimento, há cerca de 1,6 milhões de portugueses sem médico de família, nunca como agora as listas de espera foram tão extensas, e nunca como agora os portugueses tiveram de despender tanto dinheiro do seu bolso para aceder às consultas e às cirurgias", elaborou ainda.

"No último ano, não fizemos greves, não usámos este instrumento que nós, médicos, não desejamos. Por isso, [a resolução da situação] está nas mãos do senhor ministro da Saúde", concluiu Roque da Cunha. 

O secretário-geral explicou ainda que o sindicato irá entregar esta quarta-feira, pelas 16 horas, "junto da residência do senhor primeiro-ministro, uma carta a apelar para que haja um mínimo de sensibilidade, em particular para com as pessoas que não têm, nem seguros de saúde, nem ADSE, nem outro tipo de coberturas - e, também, "para que faça com que o senhor ministro da Saúde crie condições para chegar a um acordo com os médicos".

De recordar que os médicos iniciaram na terça-feira uma greve nacional de três dias para forçar o Governo a apresentar uma proposta concreta de revisão da grelha salarial, que o ministro da Saúde prometeu na segunda-feira enviar aos sindicatos.

Convocada pelo SIM, a paralisação decorre em simultâneo com uma greve dos médicos de família ao trabalho extraordinário, iniciada na segunda-feira e que terá a duração de um mês.

[Notícia atualizada às 08h56]

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