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Investimento tecnológico na Justiça em máximo de dez anos

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, realçou hoje que o Governo gastou mais no desenvolvimento tecnológico na área da Justiça em 2022 do que nos últimos 10 anos.

Investimento tecnológico na Justiça em máximo de dez anos
Notícias ao Minuto

15:50 - 29/09/23 por Lusa

País Governo

"Só no último ano, o investimento tecnológico na justiça foi superior ao realizado nos últimos 10 anos", disse a ministra da Justiça, sem quantificar o valor que foi gasto.

A governante falava durante a abertura do 4.º congresso internacional do notariado português, com o tema "Direitos dos Cidadãos num Mundo Globalizado e Digital", que decorre hoje e sábado no Centro de Congressos de Aveiro.

Catarina Sarmento e Castro referiu que, além da criação de novos serviços, este investimento contemplou também a melhoria e modernização dos serviços já existentes, simplificando-os e tornando-os mais próximos e acessíveis às pessoas.

Assinalou ainda que a modernização tecnológica e a automatização dos processos contribuem para "uma gestão mais eficiente" dos serviços, permitindo "libertar os profissionais da justiça afetos a tarefas exclusivamente burocráticas e administrativas, canalizando-os para funções mais qualificadas".

Catarina Sarmento e Castro, que esteve acompanhada neste congresso pela sua homóloga de Cabo Verde, Joana Rosa Amado, destacou também o investimento feito no reforço dos recursos humanos, nomeadamente na área dos registos e do notariado, dando como exemplo o procedimento concursal em curso, o primeiro em 23 anos, para o recrutamento de 50 novos conservadores e 240 novos oficiais de registo para ingresso até ao final do ano, nas conservatórias de todo o país.

A ministra referiu ainda que se encontra em marcha o 9.º concurso para atribuição do título de notário e em fase de conclusão o 8.º concurso para atribuição de licenças de instalação de cartórios notariais, permitindo que este serviço possa chegar a mais concelhos onde antes não existia.

Na mesma ocasião, o bastonário da Ordem dos Notários, Jorge Batista da Silva, reiterou o compromisso de até ao final de 2024 garantir a existência de pelo menos um cartório em cada concelho do país, "fundamental para garantir a coesão nacional e o direito de todos os cidadãos".

O bastonário deixou ainda a garantia de que, logo que a Lei o permita, os mais de 500 notários irão exercer as novas competências previstas na alteração dos estatutos da Ordem, designadamente a aposição da apostila e a emissão de certificados sucessórios, manifestando ainda disponibilidade para exercer outras competências nomeadamente no âmbito dos casamentos e divórcios.

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