Um grupo de jovens ativistas, do grupo Climáximo, interrompeu, esta terça-feira, o trânsito na Segunda Circular, no sentido Benfica-Aeroporto, para protestar contra o uso de combustíveis fósseis.
Dez jovens ativistas sentaram-se na estrada, junto à sede da Galp, enquanto outros dois subiam a uma ponte pedonal próxima ao local do protesto, que começou por volta das 9h00.
Os próprios condutores saíram dos seus veículos e removeram os jovens pelas suas próprias mãos, alguns deles recorrendo a agressões, conforme pode ver pelas imagens mais abaixo.
Segundo informações da Climáximo ao Notícias ao Minuto, os jovens estiveram no local cerca de duas horas, período em que obstruíram pelo menos uma via de trânsito.
Motociclistas e condutores começaram a arrastar e puxar os jovens para a berma da estrada© Reprodução - Climáximo
Ainda não há informações sobre se o ato resultou em feridos.© Reprodução - Climáximo
Ao local acudiram elementos da Polícia de Segurança Pública, bem como dos Sapadores Bombeiros de Lisboa.
Pode espreitar o vídeo do momento em que os manifestantes são removidos pela polícia, na galeria que acompanha esta notícia. O Notícias ao Minuto tentou, por diversas vezes, contactar a PSP para aclarar informações, mas sem sucesso.
A Climáximo indicou ao Notícias ao Minuto que foram feitas, pelo menos, nove detenções - mais tarde confirmaram, através do Telegram, serem 11 -, tendo os jovens sido levados para a Esquadra de Benfica. Os ativistas informam, ainda, que planeiam uma vigília no local, em solidariedade para com os colegas.
Os vídeos e as fotografias do protesto, que estão a circular nas redes sociais, mostram os manifestantes em protesto, segurando cartazes de apelo ao fim dos combustíveis fósseis, com frases como "Estão a destruir tudo o que tu amas" ou "Os Governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta".
Durante o protesto, que durou alguns minutos, os manifestantes conseguiram cortar o trânsito no sentido Benfica-Aeroporto.
"Vários ativistas foram levados do local pela PSP, enquanto os bombeiros foram chamados para remover os ativistas pendurados", refere o movimento Climáximo, em comunicado enviado para as redações.
O porta-voz na ação, Noah Zino, voltou hoje a lembrar que "as emissões de 2021 condenaram à morte nove milhões de pessoas" e que "a cada dois dias, só as emissões de Portugal matam mais do que os incêndios de Pedrógão".
"Há décadas que os governos e as empresas sabem da destruição e morte da crise climática, e escolheram continuar a queimar combustíveis fósseis, apesar de haver alternativas mais baratas e seguras disponíveis", acrescentou o porta-voz.
Na semana passada, ativistas climáticos aproveitaram uma conferência onde estava o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, a quem atiraram tinta verde e, no dia seguinte, atiraram tinta vermelha na fachada do edifício da FIL, onde decorria uma conferência sobre aviação.
[Notícia atualizada às 12h52]
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