O Movimento 'Os Mesmos de Sempre a Pagar' vai levar a cabo, na próxima sexta-feira, no Porto, uma ação de protesto contra "as injustiças e desigualdades que se vivem no país".
Trata-se da entrega dos 'prémios' - irónicos, claro - 'Os Mesmos de Sempre a Lucrar', que vai acontecer às 18h30, no largo da Estação de Campanha.
"O aumento do custo de vida acima de todas as razões, a insistência na política dos baixos salários e das baixas reformas e pensões, a par dos aumentos de lucros das grandes empresas levam o movimento de novo à rua", lê-se em comunicado enviado às redações.
O Movimento foca-se, agora, "naquela última premissa", anunciando que "vai revelar os vencedores dos lucros e entregar-lhes, metaforicamente, prémios, numa sessão que apelidam de pouco solene".
"Tendo em conta que nada no Orçamento do Estado indica que o Governo tenha a vontade de mudar a situação para 2024, sobram as ruas para que os cidadãos se façam ouvir. Desta vez aqueles que são 'Os Mesmos de Sempre a Pagar' convidam todos os que se sentem esmagados pela situação que se arrasta há demasiado tempo a participarem num momento performativo, tentando, com ironia, chamar a atenção para a insustentável realidade", lê-se também na nota informativa.
Entre as várias exigências deste movimento para com o Governo destacam-se "o aumento geral de salários e pensões que reponha o poder de compra perdido", a "fixação dos preços máximos dos bens essenciais e efetiva fiscalização das fraudes, da propaganda enganosa e da especulação por parte das cadeias de distribuição e comercialização" e "medidas que defendam os pequenos produtores e os micro, pequenos e médios empresários para poderem manter os seus negócios".
Também "a tributação dos lucros especulativos das grandes empresas, pois é preciso pôr os ricos a pagar a crise", "a diminuição do IVA no gás e na eletricidade" e "a garantia de que os lucros da banca suportem o aumento sucessivo das taxas de juro" fazem parte da lista de exigências.
O movimento vai mais além, pedindo "a intervenção da Caixa Geral de Depósitos, que é um banco público, reduzindo o spread para 0,25 por cento e colocando a sua ação de entidade financeira ao serviço do povo e do país".
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