"Não parece existir vontade política de considerar as reivindicações dos profissionais da GNR e esta postura justifica que se mantenha o protesto de dia 22 de novembro junto à residência oficial do primeiro-ministro", refere a APG num comunicado divulgado após os dirigentes se terem reunido com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto.
A associação socioprofissional mais representativa da Guarda Nacional Republicana reuniu-se com Isabel Oneto para discutir questões relacionadas com a proposta do Orçamento do Estado para 2024, mas a APG refere que "não existe qualquer avanço face à versão original", embora a tutela conheça as reivindicações dos militares da GNR.
A APG lamenta que "não tenha havido recetividade para questões fundamentais como a revisão do sistema remuneratório que mantém vencimentos indignos e continua a permitir que a progressão na carreira por promoção possa não resultar em aumento de salário, como sucede nas categorias de Guarda e Sargento".
Segundo a AGP, existem cerca de mil militares que "não viram qualquer valorização remuneratória com a promoção e mais de 200 que abdicaram da sua promoção por a mesma implicar uma colocação obrigatória e, com o mesmo vencimento, terem que custear essa deslocação para longe dos seus agregados familiares".
A associação acrescenta que há ainda outros militares que "são ultrapassados por profissionais mais novos por força da vigência de um sistema de avaliação injusto e pouco transparente".
A APG vai participar no âmbito da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que integra sindicatos e associações da GNR, PSP, Polícia Marítima, Guarda Prisional e ASAE, num protesto na próxima quarta-feira, junto à residência oficial do primeiro-ministro para exigir alterações ao Orçamento do Estado.
No comunicado, a APG indica ainda que abordou na reunião no MAI a questão das 'bodycams', tendo sido informada de que "possivelmente será aberto novo concurso público", o que faz com que a aquisição destes equipamentos só se efetive m 2024 "na melhor das hipóteses".
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