Os líderes da Câmara Municipal de Cascais reagiram, esta quarta-feira, à morte do encenador Carlos Avilez, que aconteceu esta madrugada.
"Estando em trabalho no Brasil, foi com imenso pesar que recebi a notícia da morte de Carlos Avilez: estou certo de que este meu pesar é partilhado por todos os eleitos e colaboradores municipais, muito em especial os da Cultura, já que o conhecimento do notável trabalho de Carlos Avilez (e João Vasco) à frente dos destinos artísticos do Teatro Experimental de Cascais era um dado adquirido", começou por escrever numa publicação partilhada no Facebook o presidente da autarquia, Carlos Carreiras.
"De facto, a inteligência e a sensibilidade que marcavam o talento do excecional homem de teatro eram por ele generosamente distribuídas quer no âmbito da sua atividade profissional quer no trato pessoal", continuou Carreiras, sublinhando ainda o "contributo inigualável para a cultura teatral" deixado por Avilez.
"Quero reiterar que é, portanto, com profunda tristeza, que me despeço do outro lado do atlântico de um amigo e de um homem de cultura que muito prezei. Exorto todos a recordar o seu labor e a sua vida exemplares", referiu ainda, acrescentando que aquando da sua chegada a Cascais, na quinta-feira, irá decretar dia de luto municipal.
Também o vice-presidente da autarquia, Miguel Pinto Luz, recorreu às redes sociais para prestar uma última homenagem ao ator e encenador, que morreu aos 84 anos, vítima de uma paragem cardiorrespiratória.
"Perder Carlos Avilez é perder um pedaço da alma de Cascais e do teatro português. Um amigo querido, Avilez deixa um legado incomparável na arte da encenação e na formação de atores. Como fundador do Teatro Experimental de Cascais e da Escola Profissional de Teatro de Cascais, moldou muitas carreiras e tocou inúmeros corações com sua paixão e dedicação ao teatro", começou por escrever no Facebook.
Pinto Luz sublinhou que para Avilez "foi muito mais do que um homem do teatro: foi amigo e mentor, com uma presença e uma sabedoria que enriqueceram as nossas vidas. Em Cascais, onde tanto ele quanto eu partilhámos momentos, as suas histórias e ensinamentos ressoarão por muito tempo nos corredores do Teatro Experimental, lembrando-nos do impacto duradouro que teve na comunidade".
O 'vice' recorda ainda o artista como alguém com "quem se podia contar, sempre pronto a oferecer um conselho, um sorriso ou uma palavra de encorajamento"
"A sua memória e o seu legado continuam vivos em cada peça encenada, em cada aplauso e em cada jovem ator que pisa no palco, levando consigo um pouco do espírito e da paixão de Avilez. Sua falta será profundamente sentida, mas a luz que ele deixou no mundo do teatro brilhará para sempre. Os meus sentimentos à família e a todos os que o rodeavam. Cascais vai sentir a sua falta", rematou.
Outros políticos, tais como o primeiro-ministro, António Costa, já deixaram também o seu 'último adeus a Avilez. Também o principal líder da Oposição, Luís Montenegro, recordou o ator, considerando que a cultura "fica mais pobre".
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