Professores querem apoio à renda alargado a deslocados em todo o país

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) quer que o apoio à renda para docentes colocados em Lisboa e Algarve seja aplicado a todos os professores colocados longe de casa, alertando que falta o processo negocial.

Notícia

© Lusa

Lusa
24/11/2023 11:40 ‧ 24/11/2023 por Lusa

País

FENPROF

A posição da Fenprof surge na sequência do anúncio feito na quinta-feira pelo ministro da Educação, João Costa, da aprovação em Conselho de Ministros de um apoio à renda a todos os professores que fiquem colocados a mais de 70 quilómetros de casa, em escolas das zonas de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve.

A medida prevê um apoio até 200 euros a todos os que tenham um encargo com habitação superior a 35% do salário e deverá entrar em vigor no próximo ano mas com efeitos retroativos a setembro deste ano, acrescentou João Costa.

A Fenprof considera que se trata de matéria de natureza socioprofissional e veio hoje lembrar que "terá de passar por processo de negociação coletiva, aguardando-se a convocação da primeira reunião e o envio do projeto aprovado pelo governo".

Para já, a estrutura sindical considera que a proposta fica aquém das necessidades, apesar de ressalvar que ainda não conhece o projeto de diploma.

Entre as criticas, os professores lamentam a exclusão de todos os docentes colocados longe de cada noutras regiões, que não as duas abrangidas no diploma.

Sobre serem elegíveis todos os que têm encargos com habitação superiores a 35% do salário, a Fenprof alerta que ao fazer estas contas com o salário ilíquido, "o encargo é de cerca de metade do rendimento que, mensalmente, é depositado no banco".

Outra das criticas prende-se com o facto de a medida estar em vigor apenas até 2025: "Não se compreende por que razão esta é uma medida temporária, visto não ser previsível que a situação se altere a meio do ano letivo 2025/2026".

Em comunicado, a Fenprof defende ainda que tendo em conta que este diploma exige um processo de negociação coletiva e, uma vez que ainda é "temporalmente possível a negociação deste projeto de diploma", então que se trate também de outros dois "eventualmente em simultâneo".

A Fenprof quer voltar à mesa das negociações também para tratar das novas percentagens das quotas de avaliação que se irão aplicar no âmbito do regime geral e a recuperação do tempo de serviço congelado, "designadamente o relativo ao primeiro momento do faseamento, implicando a sua previsão em sede de Orçamento do Estado para 2024".

Leia Também: Fenprof avança com petições para cobrar promessas políticas

 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas