Em comunicado, o SJ adianta que vai denunciar o atraso do pagamento de salários "e outras" situações à ACT, "uma vez que a GMG está em incumprimento com os trabalhadores, nesta matéria, desde 30 de novembro".
Manifestando solidariedade com os trabalhadores da GMG, grupo que detém títulos como Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF, entre outros, "que entraram no mês de dezembro sem os respetivos salários", o Sindicato dos Jornalistas adianta que "vai questionar a administração sobre o silêncio em relação ao pagamento do ordenado e do subsídio de Natal, que não é sequer mencionado no comunicado em que foi anunciado o atraso na regularização dos vencimentos".
Até hoje, 04 de dezembro, os trabalhadores da GMG "ainda não sabem quando vão receber os salários", afirma o SJ.
"A semana começou com silêncio da parte da administração, que, na quinta-feira, 30 de novembro, informou os trabalhadores sobre o atraso no processamento dos ordenados", recorda.
No comunicado, acrescenta, "enviado menos de meia hora depois de os jornalistas informarem a empresa que o plenário tinha decidido manter o pré-aviso de greve para os dias 06 e 07 deste mês, a administração não faz qualquer referência ao subsídio de Natal, que tem de ser pago até ao dia 07 de dezembro, segundo o que está estipulado no Contrato Coletivo de Trabalho".
O sindicato relembra que a Comissão Executiva, que está em funções "há menos de três meses (...) sempre teve problemas em cumprir", apontando que já em setembro tinha avisado os trabalhadores "para o ligeiro atraso no pagamento dos salários".
Entretanto, "no final de outubro regularizou os vencimentos na tarde do último dia útil, levando o pagamento, em alguns casos, para o dia 02 de novembro, como sucedeu na TSF".
Agora, em dezembro, "não só não cumpriu como não deu até agora um sinal ou uma data exata para a regularização, alegando que os salários serão processados 'logo que as verbas transferidas do estrangeiro estejam acessíveis'", sublinha o SJ.
De acordo com a administração da GMG, cabe ao World Opportunity Fund (WOF), que comprou a maioria do capital da Palavras Civilizadas, acionista principal do grupo, fazer o pagamento.
Um "atraso nos procedimentos administrativos e de 'compliance' referente à transferência feita pelo WOF" estará na origem do atraso, segundo justificam, aponta o SJ.
O Sindicato dos Jornalistas lamenta ainda que a GMG "não tenha acautelado estas situações atempadamente e estranha que um grupo que dizia, há um mês, pela voz dos seus representantes em Portugal, que vinha para investir e fazer crescer, não seja capaz de pagar os salários aos trabalhadores atempadamente e conforme dispõe a lei".
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