Apoiantes do Climáximo entraram no Aeródromo de Cascais, em Tires, na manhã desta quarta-feira, e cobriram um jato com tinta, bloqueando-o com os seus corpos.
O coletivo por justiça climática denuncia os "voos de luxo dos super-ricos e a hipocrisia criminosa dos líderes mundiais que se deslocam à COP28 num meio de transporte que é o pináculo da injustiça climática".
Num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso Noah Zino, porta-voz, frisa que "uma viagem de jato privado entre Londres e Nova Iorque emite mais CO2eq que uma família portuguesa num ano inteiro."
"Jatos privados são armas de destruição em massa, não têm lugar numa sociedade em chamas. Só a poluição da queima de combustíveis fósseis já mata, todos os anos, mais pessoas que os campos de concentração. As emissões que provocam recordes de calor, secas, fome e fogos, preços mais altos de comida, cheias, doenças, e catástrofes já condenam à morte milhões de pessoas também. Se há algum plano viável para a nossa segurança, este tem de começar já por cortar as emissões mais absurdas - estamos em emergência ou estão a gozar conosco?", acrescenta.
Na mesma nota, o coletivo que tem levado a cabo várias iniciativas deste género desafia todas as pessoas a juntarem-se e saírem à rua no próximo sábado, dia 9 de dezembro, numa manifestação de Resistência Climática "para construir uma alternativa frente às negociações levadas a cabo na cimeira climática que, mais uma vez, resultarão no aumento de emissões".
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