Há novos detalhes sobre o homicídio de um homem, de 35 anos, levado a cabo, no passado dia 16 de dezembro, na Trafaria. A vítima foi morta a tiro à frente da filha, de dois anos, e da sobrinha, de 14.
Recorde-se que o suspeito, que terá cometido o crime num ajuste de contas entre grupos rivais, acabou por se entregar à Polícia Judiciária (PJ) e, após ser presente a primeiro interrogatório judicial, no passado dia 20 de dezembro, ficou em prisão preventiva.
Uma nota divulgada, esta sexta-feira, pela Procuradoria-Geral Regional de Lisboa revela que existem fortes indícios que o arguido, que é suspeito da prática dos crimes de homicídio qualificado, homicídio qualificado na forma tentada, detenção de arma proibida e de coação agravada na forma tentada, se "muniu de uma arma de fogo, com a qual efetuou vários disparos na direção da vítima, que se encontrava acompanhada da filha de dois anos e de uma sobrinha de 14, tendo atingido a vítima no peito e no pescoço".
"De imediato, a sobrinha da vítima agarrou na criança e fugiram do local", lê-se.
"Com a vítima estendida no chão, o arguido efetuou novo disparo", revela a mesma nota, acrescentando que, "nessa altura, "a vítima foi socorrida por populares e levado para um estabelecimento comercial da zona".
No entanto, "o arguido deslocou-se igualmente para o local onde efetuou mais um disparo que atingiu a vítima. Após os disparos, o arguido abandonou o local".
"As lesões provocadas pelos disparos foram causa direta e necessária da morte da vítima", lê-se.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público de Almada, do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.
O inquérito encontra-se sujeito a segredo de justiça.
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