Em declarações aos jornalistas, o comandante da GNR Bruno Rodrigues relatou que, entre os dias 15 e 26 de dezembro, a Guarda contabilizou, na operação de Natal e Ano Novo, 2.923 acidentes, de que resultaram 15 mortes, 60 feridos graves e 832 feridos leves, tendo a PSP registado 2.202 acidentes rodoviários, dos quais resultaram duas mortes, 20 feridos graves e 653 feridos ligeiros.
Na apresentação dos números, numa zona de acesso à Autoestrada 41, na Maia, distrito do Porto, na presença do ministro da Administração Interna, o graduado da Guarda revelou ainda que foram fiscalizados 84 mil condutores, sendo que 964 conduziam com taxa de álcool superior ao permitido por lei. Destes, 488 foram detidos por apresentarem taxa igual ou superior a 1,2.
Foram ainda detidas 223 pessoas por condução sem carta, continuou Bruno Rodrigues.
Sobre as infrações rodoviárias, acrescentou o comandante da GNR, foram contabilizadas 19 mil contraordenações, sendo a mais predominante o excesso de velocidade, com cerca de cinco mil infrações apuradas.
Há ainda a contabilizar 476 contraordenações por excesso de álcool, 623 pelo não uso de cinco de segurança e 1.500 por falta de inspeção periódica, disse.
Questionado sobre a evolução dos números por comparação com 2022, o militar afirmou que, segundo os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, "registaram-se menos acidentes, mas houve mais vítimas mortais".
Da parte da PSP, o subintendente José Ferreira relatou que na primeira fase da operação "Festas em segurança", entre 15 e 28 de dezembro, a PSP fez 966 detenções, sendo 443 por crimes rodoviários, em especial por condução sob o efeito de álcool.
Foram ainda apreendidas 25 armas de fogo e 44 armas brancas e mais de quatro mil artigos pirotécnicos, continuou.
O representante da Polícia disse ainda terem sido fiscalizados mais de 21 mil condutores e mais de 107 mil viaturas foram controladas por radar, sendo que mais de 3.500 circulavam em excesso de velocidade e, dos 2.202 acidentes rodoviários, resultaram duas mortes, 20 feridos graves e 653 feridos ligeiros.
Ambos os graduados apelaram a que, na segunda fase das respetivas operações, os condutores se desloquem em segurança, que evitem o excesso de álcool e de velocidade, devendo adequar a velocidade às condições da via e ao fluxo de trânsito rodoviário, bem como evitar o uso do telemóvel.
Presente no local, o ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, concordou que os números apresentados são difíceis de aceitar.
"É difícil aceitar os números que ainda temos no país. Eles são melhores do que em 2019, quer em número de acidentes quer em perda de vidas ou com ferimentos graves", começou por dizer o governante, antes de assinalar que "em 2023 por comparação a 2022 há mais feridos e mortos".
Assinalando a necessidade de "ter atitudes e comportamento muito exigentes", imputou a contabilidade apurada aos "comportamentos e atitudes individuais".
"A condução sem habilitação legal está a crescer muito e as autoridades têm de ser irrepreensíveis", frisou José Luís Carneiro.
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