A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou, esta segunda-feira, que abriu um processo de esclarecimento à qualidade dos serviços prestados pelo Hospital Beatriz Ângelo a uma idosa que terá ficado três dias num cadeirão no serviço de urgência.
"Na sequência das notícias publicadas em órgãos de comunicação social sobre a situação de uma idosa que terá ficado três dias num cadeirão no serviço de urgência do Hospital Beatriz Ângelo, informa-se que, por despacho do Inspetor-Geral, de 26 de janeiro, foi aberto um processo de esclarecimento à qualidade dos serviços prestados a esta utente, na perspetiva da sua prontidão, no Hospital Beatriz Ângelo, integrado na Unidade Local de Saúde de Loures/Odivelas, E.P.E.", lê-se num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Note-se que em causa está uma mulher, de 87 anos, que terá passado três dias nas urgências daquela unidade hospitalar, sem vaga para ser internada. Na última semana, a unidade hospitalar confirmou ao Notícias ao Minuto "o aumento de procura" neste serviço, mas não adiantou mais detalhes.
"O Hospital Beatriz Ângelo confirma as condições de aumento de procura do seu Serviço de Urgência, que poderão causar constrangimentos pontuais", informou o gabinete de Comunicação e Relações Públicas do Beatriz Ângelo, na sequência de um pedido de esclarecimento.
A notícia, recorde-se, foi avançada pelo Correio da Manhã, que precisou que a mulher terá dado entrada na urgência tarde de segunda-feira, 22 de janeiro, com sintomas de falta de ar e só foi vista por um médico cerca de 22 horas depois. Depois disso, a idosa ficou sentada num cadeirão, a inalar oxigénio, numa enfermaria daquele serviço, por aparente falta de vaga para internamento.
[Notícia atualizada às 10h07]
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