Em declarações aos jornalistas à chegada a um comício do PS na Casa do Campino, em Santarém, Pedro Nuno Santos foi questionado se vai aceitar a segurança pessoal da PSP disponibilizada hoje pelo primeiro-ministro, António Costa.
"Nós não precisamos", respondeu o líder socialista.
Relativamente à sondagem hoje divulgada que dá a vitória à Aliança Democrática (AD), com mais 6 pontos percentuais do que o PS, Pedro Nuno Santos desvalorizou, salientando que reage sempre da mesma forma aos estudos, quer coloquem os socialistas à frente ou atrás.
"A última vez que a RTP e a Universidade Católica fizeram uma sondagem antes de umas eleições foi antes das regionais dos Açores: davam a vitória ao PS e o PS perdeu", exemplificou.
Nesta chegada à Casa Campino, Pedro Nuno Santos foi rodeado por jornalistas e vários militantes do PS e da Juventude Socialista (JS), não se cruzando com cerca de duas dezenas de guardas prisionais e agentes da PSP e GNR que estavam a fazer uma vigília silenciosa à porta do edifício.
Em declarações à Lusa, um dos membros do grupo, Ricardo Simões, da PSP, afirmou que o objetivo não era confrontar Pedro Nuno Santos, mas antes assegurar que o assunto da equiparação do subsídio de missão destas forças de segurança ao da PJ se mantém na agenda.
"A gente quer que vá mesmo para cima da mesa e não seja esquecido", afirmou, salientando que estes agentes vão fazer vigílias silenciosas perante todos os líderes partidários que visitem Santarém.
O primeiro-ministro, António Costa, deu hoje instruções para que a PSP disponibilize segurança pessoal aos líderes dos partidos com assento parlamentar que o pretendam, na sequência do ataque ao presidente do PSD por um ativista climático.
Fonte do gabinete do chefe do Governo disse à agência Lusa que António Costa já falou com Luís Montenegro, tendo-lhe transmitido a sua decisão.
"O primeiro-ministro deu instruções ao ministro da Administração Interna para que a PSP disponibilizasse segurança pessoal aos candidatos que lideram as listas dos partidos com assento parlamentar", afirmou à Lusa a fonte do gabinete do chefe do executivo.
A decisão de António Costa foi tomada após o ataque ao presidente do PSD ocorrido hoje durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no âmbito de uma ação de campanha eleitoral da AD.
Montenegro foi atingido com tinta verde por um jovem, que seria depois afastado por um agente da PSP.
Os ativistas do movimento Fim ao Fóssil reivindicaram entretanto a ação em comunicado, argumentando que "nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática".
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