O superintendente Jorge Cabrita, secretário-geral dos Serviços Socais da PSP (SSPSP), adiantou que este ano foi feito um reforço de 1,5 milhões de euros "para fazer face às necessidades", sendo de 3,2 milhões de euros o total do valor para empréstimos de curto, médio e longo prazo.
Dados divulgados à Lusa indicam que quase duplicou o número de polícias que pediram ajuda ao gabinete de acção social dos SSPSP, tendo passado de 156 em 2011 para 299 este ano.
A maioria dos polícias chega com problemas económicos e solicita ajuda para reorganizar as suas contas familiares.
No entanto, Jorge Cabrita esclareceu que nem todos os pedidos de apoio se devem a problemas económicos, estando muitos relacionados com a família, habitação e saúde.
"Nem todos os casos que atendemos no gabinete são de endividamento", sustentou.
Como exemplo, referiu os casos dos polícias, entre os 30 e os 40 anos, que pedem apoio aos serviços porque estão a divorciar-se e necessitam de reestruturar a vida devido à insuficiência de rendimentos ou porque precisam de casa.
Ao gabinete chegam também polícias que pedem ajudem porque estão no limite das suas capacidades financeiras, mas nestes casos nem sempre acontece o recurso aos empréstimos de curto, médio e longo prazo, podendo existir uma orientação financeira.
Nesse sentido, o secretário-geral dos SSPSP adiantou que está a ser desenvolvido nos serviços sociais um gabinete de apoio ao endividamento para ajudar os polícias na gestão do seu orçamento.
"O gabinete de apoio ao endividamento serva para que nós possamos ser úteis na perspectiva da reestruturação da vida das pessoas e das suas obrigações", disse, sublinhando que objectivo é a prevenção para que os polícias não cheguem ao limite do endividamento.
Criados em 1959, os Serviços Sociais da PSP têm por finalidade orientar as actividades que visem o apoio dos elementos da PSP e do respectivo agregado familiar, no domínio socioeconómico.
Os serviços sociais da PSP não têm receitas do Orçamento do Estado, funcionado com receitas próprias, que resultam do pagamento das quotas dos beneficiários e das actividades que desenvolve, como áreas de residências e locais de férias para polícias mais baratas.