Porto. Vacina do HPV já chegou a mais de 220 mulheres com lesões graves

Desde junho de 2022 que o Hospital de São João administra gratuitamente estas vacinas a utentes diagnosticadas com lesão de alto grau do colo do útero, vagina e vulva, precursoras de cancro. Unidade hospitalar espera começar agora a vacinar 190 pacientes por ano.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
05/03/2024 12:40 ‧ 05/03/2024 por Notícias ao Minuto

País

HPV

O  Hospital de São João, no Porto, já administrou mais de 220 vacinas contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), de forma gratuita, a mulheres diagnosticadas com lesão de alto grau do colo do útero, vagina e vulva, algo que é precursor de cancro.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o Hospital de São João recorda que iniciou este programa de vacinação em junho de 2022 e que a vacina já chegou "a 225 mulheres na consulta de ginecologia que, não estando abrangidas pelo Plano Nacional de Vacinação, teriam que suportar a totalidade do seu custo".

O fármaco faz parte do Programa Nacional de Vacinação, mas abrange apenas jovens nascidos após 1992. Para as restantes faixas etárias, a vacina contra o HPV não é comparticipada e tem um custo superior a 400 euros.

Apesar de a vacina ter sido pensada como prevenção primária (pessoas sem doença), dados científicos têm vindo a demonstrar que a sua utilização em mulheres com lesões graves está associada a uma diminuição de 80% do risco de reaparecimento da doença. Para lá do ganho mais óbvio (redução do risco de cancro do colo do útero), há outros ganhos associados, tais como a diminuição do risco obstétrico (nomeadamente de parto pré-termo).

Tendo em conta tudo isto, "mais o facto de que apenas metade das mulheres a quem era proposta a vacina a faziam efetivamente", o São João decidiu iniciar então este projeto pioneiro de vacinação de mulheres com lesões de alto grau do colo do útero. Destina-se a mulheres com idade inferior a 65 anos, com diagnóstico efetuado na instituição, que não tenham sido previamente vacinadas.

Com base nestes critérios, e tendo em conta que a aceitação por parte das utentes tem sido excelente (sem qualquer recusa até ao momento), o São João estima inocular, a partir de agora, perto de 140 pacientes por ano.

Leia Também: "Em casos mais graves, o HPV é silencioso, daí a importância do rastreio"

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