FCSH vandalizada com insulto a professor e deputado do PSD. "Fascista"

Mensagem ataca não só Tiago Moreira e Sá como o professor Manuel Filipe Canaveira, que voltou a dar aulas na faculdade 240 dias depois de ser suspenso por uma queixa que o acusava de "comportamentos asssustadoramente machistas" e "ofensivos". Presidente da Assembleia da República já reagiu.

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© X / Tiago Moreira de Sá

Notícias ao Minuto
13/03/2024 10:06 ‧ 13/03/2024 por Notícias ao Minuto

País

Vandalismo

A Faculdade de Ciências Sociais Humanas da Universidade de Lisboa (FCSH) foi alvo de vandalismo, no início desta semana, com uma mensagem dirigida a dois professores.

"Faculdade progressista não paga salário a fascista! Fora Canaveira! Fora T. Moreira e Sá!", lê-se num dos muros da instituição, de acordo com as fotos que têm estado a circular, nas últimas horas, nas redes sociais.

A mensagem refere-se a Manuel Filipe Canaveira, professor do Departamento de Estudos Políticos, e ao professor e deputado do PSD Tiago Moreira de Sá, que não faz parte das listas da Aliança Democrática (AD) que foram a eleições no domingo, 10 de março.

Na rede social X, o parlamentar social-democrata reagiu ao ataque. "50 anos depois do 25 de Abril ainda há quem queira sanear professores por delito de pensamento político. Não me vão condicionar, obviamente. Comigo não passará nem o fascismo nem a extrema-esquerda", escreveu Tiago Moreira de Sá.

Na manhã desta quarta-feira, também o ainda presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, repudiou este ato de vandalismo, que vê como uma “ameaça”, acrescentando que é preciso atuar contra tais atos de "intimidação".

"Repudio a ameaça contra Tiago Moreira de Sá, deputado e professor, inscrita no muro da faculdade em que ensina. É preciso ser firme contra o vandalismo e a intimidação, venham de onde vierem. Um abraço ao Tiago", escreveu também na rede social X.

Quanto a Manuel Filipe Canaveira, recorda o jornal Expresso, que, em 2021, 76 alunos da FCSH apresentaram queixa contra este professor, acusando-o de "comportamentos assustadoramente machistas" e "ofensivos". 

Depois da denúncia, a direção da faculdade decidiu suspender preventivamente o professor. No entanto, após 240 dias de suspensão, Canaveira já estará, segundo o mesmo jornal, novamente a dar aulas.

Leia Também: Vandalismo no MNE? Portugal mantém defesa da "solução de dois Estados"

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