Uma educadora de infância da escola Santo António, no Sítio das Hortas, em Vila de Santo António, no Algarve, foi agredida pelos pais de um aluno, na sexta-feira.
A mulher sofreu ferimentos e teve de ser assistida no centro de saúde, revela o Jornal de Notícias (JN), que avançou a informação.
O Capitão Ramos, da Guarda Nacional Republicana (GNR), confirma o caso ao Notícias ao Minuto, esclarecendo, contudo que as agressões foram mútuas, que os intervenientes foram identificados e que foram apresentadas queixas de parte a parte.
"Foram feitas queixas pelas duas partes, que se acusaram mutuamente de agressões, e os factos foram remetidos ao tribunal [de Vila Real de Santo António] para serem realizadas as averiguações pertinentes", disse à agência Lusa fonte das Relações Públicas do Comando Territorial de Faro da GNR.
"Não é a primeira vez que os pais da criança estão envolvidos nestas situações"
Uma testemunha, que não se quis identificar por temer represálias, disse à Lusa que os pais da criança dirigiram-se na sexta-feira à educadora, nas imediações da escola, e agrediram a docente, depois de a criança ter reportado aos progenitores que lhe teriam tapado a boca com fita-cola.
"A criança terá dito aos pais que tinha sido utilizada fita-cola, mas não. Houve a utilização de 'post-it', mas no âmbito de um jogo que estava a ser feito com as crianças", justificou esta fonte, que pediu o anonimato por temer represálias da família do aluno.
A testemunha contou que a docente foi "agredida na rua, em frente de crianças", quando regressavam em grupo de "uma visita de estudo", e foi necessária a intervenção de um popular e de outros pais para evitar que a situação se agravasse.
"Esta não é a primeira vez que os pais da criança estão envolvidos nestas situações, o miúdo já esteve noutra escola e também houve problemas com a educadora", disse a testemunha.
Questionada sobre o estado da professora envolvida no incidente, a mesma fonte disse que a docente tinha, no próprio dia, marcas na cara provocadas pelas agressões de que foi vítima, e que "hoje foi trabalhar, mas a muito custo e por causa das outras crianças".
"Mas, à chegada, deparou-se logo com o pai da criança, que a tinha ido deixar na escola", lamentou.
A Lusa tentou obter esclarecimentos da direção do agrupamento, mas até momento não obteve resposta.
A GNR participou o caso ao Ministério Público (MP). O Notícias ao Minuto contactou o MP para saber mais informações e, de momento, aguarda resposta.
[Notícia atualizada às 17h00]
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