Educadora e pais de aluno agridem-se em Vila Real de Santo António

Foram apresentadas queixas de parte a parte. Testemunha diz que não é a primeira vez que os pais da criança se envolvem em desacatos com docentes.

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Notícias ao Minuto com Lusa
06/05/2024 11:57 ‧ 06/05/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

GNR

Uma educadora de infância da escola Santo António, no Sítio das Hortas, em Vila de Santo António, no Algarve, foi agredida pelos pais de um aluno, na sexta-feira.

A mulher sofreu ferimentos e teve de ser assistida no centro de saúde, revela o Jornal de Notícias (JN), que avançou a informação. 

O Capitão Ramos, da Guarda Nacional Republicana (GNR), confirma o caso ao Notícias ao Minuto, esclarecendo, contudo que as agressões foram mútuas, que os intervenientes foram identificados e que foram apresentadas queixas de parte a parte

"Foram feitas queixas pelas duas partes, que se acusaram mutuamente de agressões, e os factos foram remetidos ao tribunal [de Vila Real de Santo António] para serem realizadas as averiguações pertinentes", disse à agência Lusa fonte das Relações Públicas do Comando Territorial de Faro da GNR.

"Não é a primeira vez que os pais da criança estão envolvidos nestas situações"

Uma testemunha, que não se quis identificar por temer represálias, disse à Lusa que os pais da criança dirigiram-se na sexta-feira à educadora, nas imediações da escola, e agrediram a docente, depois de a criança ter reportado aos progenitores que lhe teriam tapado a boca com fita-cola.

"A criança terá dito aos pais que tinha sido utilizada fita-cola, mas não. Houve a utilização de 'post-it', mas no âmbito de um jogo que estava a ser feito com as crianças", justificou esta fonte, que pediu o anonimato por temer represálias da família do aluno.

A testemunha contou que a docente foi "agredida na rua, em frente de crianças", quando regressavam em grupo de "uma visita de estudo", e foi necessária a intervenção de um popular e de outros pais para evitar que a situação se agravasse.

"Esta não é a primeira vez que os pais da criança estão envolvidos nestas situações, o miúdo já esteve noutra escola e também houve problemas com a educadora", disse a testemunha.

Questionada sobre o estado da professora envolvida no incidente, a mesma fonte disse que a docente tinha, no próprio dia, marcas na cara provocadas pelas agressões de que foi vítima, e que "hoje foi trabalhar, mas a muito custo e por causa das outras crianças".

"Mas, à chegada, deparou-se logo com o pai da criança, que a tinha ido deixar na escola", lamentou.

A Lusa tentou obter esclarecimentos da direção do agrupamento, mas até momento não obteve resposta.

A GNR participou o caso ao Ministério Público (MP). O Notícias ao Minuto contactou o MP para saber mais informações e, de momento, aguarda resposta.

[Notícia atualizada às 17h00]

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