A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou, esta terça-feira, uma das principais redes de tráfico de droga do Norte do país, numa operação contra o narcotráfico, realizada na cidade do Porto, durante a qual foram detidas sete pessoas e realizadas mais de 20 buscas domiciliárias e não domiciliárias.
Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a PJ revela que os suspeitos estão indiciados da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais.
Entre os detidos estão os líderes de uma das mais importantes redes de distribuição de cocaína do Grande Porto, principal abastecedora do tráfico verificado em bairros, designadamente da Pasteleira, do Cerco, de Francos e de Ramalde.
Segundo o Jornal de Notícias (JN, trata-se de um ex-PSP, identificado como 'Joca', primo de Bruno Pidá, condenado no âmbito do processo da Noite Branca, relacionada com homicídios na noite do Porto.
As autoridades acreditam que 'Joca' é o líder de uma das maiores redes de tráfico de droga a operar nesta altura, alegadamente, herdada de 'Xuxas', que está em prisão preventiva, a ser julgado precisamente por tráfico de estupefacientes.
Além das detenções, as autoridades apreenderam 10 carros de gama alta, quatro embarcações de alta velocidade, 50 mil euros, armas de fogo, munições e coletes balísticos.
Segundo a PJ, esta "estrutura criminosa organizada, com ramificações na América do Sul", abastecia "as principais redes regionais de venda ilícita de estupefacientes".
O grupo, considerado perigoso, "era temido pelos seus métodos violentos e pelo uso de armas de fogo".
Entre as várias situações, objeto das investigações realizadas pela Diretoria do Norte da PJ, está a apreensão pela Polícia Federal do Brasil, no Porto de Santos, no verão passado, de uma máquina agrícola que ocultava cerca de 43 kg de cocaína, pronta a embarcar com destino ao Porto de Leixões.
Neste caso, a PJ identificou os envolvidos na operação de importação desta droga, como também os investidores que a haviam encomendado.
Os detidos vão agora ser presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para aplicação das medidas de coação.
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