A Plataforma de Sindicatos e Associações da PSP e GNR, anunciou, esta quarta-feira, que será feita uma reunião amanhã na sede nacional da ASPP/PSP, "no sentido de deliberar sobre a contraproposta a entregar no MAI".
Em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a plataforma destaca ainda que a contraproposta acontece "em reação à apresentada pelo Governo" de um suplemento de missão entre os 365,13 e os 625,94 euros, significando um aumento até 75 euros.
"Haverá ainda espaço para discutir a preparação de possíveis formas de luta, caso o MAI mantenha o que chamou de 'proposta inicial'", lê-se ainda na nota.
Recorde-se que a ministra da Administração Interna propôs, na quinta-feira passada, um novo suplemento de missão para os elementos da PSP e da GNR entre os 365,13 e os 625,94 euros, que vai substituir o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.
Com este novo suplemento de missão, que tem como referência os vencimentos base do diretor-nacional da PSP e do comandante-geral da GNR, que é de é de 5.216,23 euros, há polícias e militares da GNR que ficam com um vencimento inferior ao que auferem atualmente, segundo os sindicatos da PSP e associações da GNR, que, na quinta-feira, estiveram reunidos com Margarida Blasco.
O atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança que os elementos da PSP e GNR recebem tem uma componente variável que corresponde a 20% do salário base e uma componente fixa de 100 euros.
Segundo a proposta apresentada pelo Governo aos sindicatos da PSP, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 12% da remuneração base do diretor nacional da PSP e do comandante da GNR, enquanto a percentagem para os chefes da PSP e sargentos da GNR é de 9% e para os agentes e guardas é de 7%.
Os polícias exigem um suplemento de missão idêntico ao que o anterior Governo socialista atribuiu à Polícia Judiciária, que em alguns casos levou a um aumento de cerca de 700 euros.
No final da reunião com a ministra, os dirigentes dos sindicatos da PSP e das associações socioprofissionais da GNR manifestaram-se completamente contra esta proposta do Governo e afirmaram sentir-se "extremamente injustiçados". A plataforma que congrega estas estruturas plataforma vai apresentar à ministra uma contraproposta na próxima reunião, em 15 de maio.
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