'ContraNatura'. Exposição de plantas (pintadas) em Braga gera polémica

Mostra do artista italiano Giacomo Cossio conta com 230 plantas e está patente no Braga Parque de 13 de maio a 13 de junho. Nas redes sociais são muitos os que criticam esta “experiência sensorial”, entre os quais várias influencers. O centro comercial já reagiu.

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© Braga Parque

Natacha Nunes Costa
14/05/2024 09:26 ‧ 14/05/2024 por Natacha Nunes Costa

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Plantas

Uma exposição do artista italiano Giacomo Cossio no Braga Parque, que conta com 230 plantas pintadas de várias cores, inaugurada na segunda-feira, 13 de maio, está a gerar muita controvérsia nas redes sociais e não só.

No Instagram, 'choveram' inúmeras críticas após o centro comercial anunciar a "exposição inédita" de "uma explosão de cor com plantas em tons azuis e rosa, do artista Giacomo Cossio, um apaixonado defensor do ambiente", que além de "oferecer uma experiência visualmente deslumbrante", representa o compromisso "do Braga Parque para “com um futuro melhor".

De professoras de artes visuais, que prometem apresentar aos alunos esta instalação como "um péssimo exemplo de arte", a influencers que realçam o "desrespeito" que tanto o artista como o centro comercial demonstram para com as plantas que estarão "sem fazer fotossíntese durante o mês", questionando ainda a veracidade do facto de a tinta não ser "tóxica", uma das vozes que se elevou contra esta exposição foi a de Sofia Manuel, mais conhecida nas redes sociais por A Tripeirinha. A "engenheira civil que virou jardineira", que conta com mais de 194 mil seguidores no Instagram, fez um vídeo a lamentar a situação.

"Farta de desrespeito gratuito e contínuo à nossa casa. Farta da bandeira 'sustentabilidade' hasteada quando não lhes pertence", começou por sublinhar, acrescentado que "está 100% disponível para minimizar o impacto criado - seja na ajuda para a imediata relocação das plantas e distribuição pelas diferentes associações, seja na ajuda na sua recuperação. Manter o que está a acontecer é só uma completa loucura".

Além da página de Sofia Manuel, outras 'páginas conhecidas' nas redes sociais também já reagiram e pedem que o Braga Parque coloque um ponto final na mostra, que deverá estar patente no centro comercial até dia 13 de junho.

A Slow Mãe, com mais de 12 mil seguidores, por exemplo, sublinha que "não vale tudo" mesmo que seja em nome da arte, realçando que "arte não é desperdício, não é desrespeito pela natureza". Mas há mais.

São centenas e centenas os comentários depreciativos à iniciativa.

Entretanto, o Braga Parque já reagiu, numa publicação no Instagram em que os comentários dos utilizadores foram bloqueados. No comunicado, o centro comercial reitera que "a preocupação com a natureza é um pilar indissociável" da sua essência e garante que a exposição 'ContraNatura' foi "cuidadosamente planeada para sensibilizar para a relação entre o ser humano e a natureza, sem comprometer esta última".

Para tal, afirma o Braga Parque, as plantas foram supervisionadas "por especialistas em ambientes controlados, com todas as condições para crescerem saudáveis". No final, as plantas serão "doadas a instituições locais em Braga".

Além dos problemas que este tipo de ações pode provocar às plantas, os vários internautas, entre os quais A Tripeirinha, chamam ainda a atenção para o "gasto astronómico" de água que vai ser necessário para estas plantas serem limpas.

Este projeto de Giacomo Cossio, criado em 2017, já percorreu várias cidades italianas.

Leia Também: Falar com as plantas ajuda-as a crescer? Esclareça a dúvida

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