Um resgate que decorreu ao final do dia desta segunda-feira, dia 17, em Porto Santo, necessitou da intervenção da Força Aérea (FA). O salvamento de duas pessoas numa missão de alto risco complicou-se quando a forte agitação marítima pôs em causa o sucesso da operação.
Segundo comunicado da Força Aérea, tudo aconteceu após o alerta do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), pelas 19h22, para a existência de uma embarcação, um semirrígido, "completamente à deriva, sem comunicações, sem energia e sem propulsão, a cerca de 107 km da Ilha do Porto Santo".
Foi ativado um avião C-295M da Força Aérea, destacado permanentemente no Aeródromo de Manobra N.º 3, Porto Santo, para proceder às buscas e reconhecimento visual da embarcação junto da última posição conhecida.
A bordo da embarcação seguiam duas pessoas que era necessário resgatar.
Em simultâneo, foram encaminhados para o local dois navios mercantes, que navegavam nas proximidades para proceder ao resgate assim que fosse encontrada a embarcação.
Revela ainda o comunicado que, já na zona das operações, uma hora e meia depois da ativação, a tripulação da Força Aérea avistou a embarcação, numa ação "dificultada pelo reduzido tamanho do semirrígido por oposição ao estado do mar".
Depois de estabelecido contacto visual e efetuada a avaliação do estado em que a embarcação se encontrava, a tripulação da Esquadra 502 da Força Aérea conduziu o navio mercante mais próximo, o 'MV RICCA' com bandeira do Panamá, até à zona de resgate.
Segundo a FA, a volumetria do navio marcante que iria efetuar o resgate, com cerca de 190 metros por comparação com a embarcação onde se encontravam as duas pessoas a serem resgatadas, o estado agitado do mar e o escurecer do dia "dificultaram o guiamento e posicionamento das duas embarcações, tornando o resgate numa missão de extrema complexidade, mas bem-sucedida".
As duas pessoas acabaram por ser resgatadas pelas 22h40.
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