Sindicato contesta fecho das urgências noturnas dos Covões no verão
O Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPEnf) contestou hoje o encerramento durante o verão das urgências noturnas do Hospital dos Covões, em Coimbra.
© João Bernardes
País Urgências
Com esta medida, anunciada na quinta-feira pela Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, a saúde na região Centro “arrisca colapso já este verão”, alertou hoje o SIPEnf num comunicado enviado à agência Lusa.
A partir de segunda-feira, as urgências do também designado Hospital Geral, localizado nos Covões, estarão encerradas entre as 20h e as 8h ao abrigo do plano de verão da ULS.
“Esta decisão, anunciada pelas entidades responsáveis, é apresentada como uma medida temporária”, referiu aquele sindicato, preocupado, contudo, com “uma potencial ameaça de permanência” do encerramento.
A medida está incluída no “Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde”, que vigora de 15 de junho a 30 de setembro, apresentado na quinta-feira pelo presidente do conselho de administração da ULS de Coimbra, Alexandre Lourenço.
Em conferência de imprensa, Alexandre Lourenço anunciou para este verão “a centralização da urgência noturna nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), com a suspensão da admissão de doentes entre as 20:00 e as 08:00 no Hospital Geral”, na margem esquerda do rio Mondego.
“O encerramento das urgências durante a noite afeta diretamente a população em situações de emergência médica que não podem esperar até o horário de reabertura. A acessibilidade e a prontidão no atendimento são fundamentais para garantir a saúde e a segurança dos cidadãos”, defendeu o SIPEnf.
A medida “irá sobrecarregar outras unidades de saúde que já operam sob pressão, potencialmente aumentando os tempos de espera e comprometendo a qualidade do atendimento”.
"Exigimos das autoridades um compromisso claro de reabertura das urgências após o verão”, afirmou o presidente da direção do SIPEnf, Fernando Parreira, citado na nota.
Para o dirigente, a saúde da população “não pode ser sacrificada por decisões administrativas temporárias”.
Rejeitando este “precedente perigoso”, o sindicato receia que a opção da administração da ULS seja “prenúncio de um desmantelamento gradual dos serviços de saúde" na região.
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