Numa reação enviada à Lusa após o recuo de Vítor Almeida e nomeação de Sérgio Dias Janeiro como presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o Sindicato diz que a instituição "precisa de estabilidade e [que] estes episódios não contribuem para que os profissionais se sintam seguros num futuro certo".
O Ministério da Saúde nomeou o médico Sérgio Dias Janeiro para a presidência do INEM, depois de o anterior nomeado, Vitor Almeida, ter voltado atrás na decisão de aceitar o cargo, revelou hoje o Ministério.
Em comunicado, o Ministério da Saúde explica que "nos contactos com a tutela durante a última semana", o médico anestesista Vitor Almeida "concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto".
Na reação, o STEPH recorda as suas reivindicações, nomeadamente a revisão da carreira com ajuste ao índice remuneratório, "sem o qual o concurso anunciado para 200 Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar não atrairá candidatos".
"Aguardamos que sejam anunciadas medidas que deem resposta às nossas reivindicações e que possam trazer estabilidade ao INEM", indica o sindicato, pedindo "respostas concretas" e não instabilidade.
Na nota hoje divulgada, o Ministério da Saúde refere que, perante o recuo de Vitor Almeida, decidiu nomear o médico Sérgio Agostinho Dias Janeiro, em regime de substituição por 60 dias, por vacatura do cargo.
O ministério adianta que será agora aberto um concurso junto da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).
Sérgio Dias Janeiro é médico especialista em Medicina Interna e, atualmente, diretor do Serviço de Medicina Interna do Hospital das Forças Armadas, onde, de 2022 a 2023, ocupou o cargo de diretor Clínico do Serviço de Urgência.
Vitor Almeida tinha sido nomeado no dia 04 de julho para a presidência do INEM, depois de Luís Meira se ter demitido do cargo na sequência da polémica com o concurso dos helicópteros de emergência médica.
Luís Meira demitiu-se no dia 01 de julho na sequência de uma troca de acusações sobre o concurso para o serviço de transporte aéreo de doentes.
Na véspera, o Ministério da Saúde tinha criticado o INEM por ter deixado terminar o prazo para o lançamento do concurso público internacional para aquisição de helicópteros, obrigando a novo ajuste direto.
Em resposta, o INEM garantiu que iria "assegurar a continuidade do serviço de helicópteros de emergência médica através de um novo contrato estabelecido com o atual operador, dentro do valor autorizado pelo anterior Governo em outubro de 2023".
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