A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) anunciou, esta quinta-feira, que enviou 280 quilogramas de material para a Madeira, com o objetivo de "capacitar a estrutura local" e reforçar a sua "capacidade de resiliência face a futuras contingências".
Num comunicado, enviado às redações, a CVP adiantou que, entre o material enviado, contam-se camas de campanha, cobertores, kits de higiene femininos e masculinos, e duas mochilas com desfibrilhador (DAE).
"Este fortalecimento contínuo das capacidades das nossas estruturas locais é essencial para a prestação de auxílio e de cuidado imediata e com prontidão", referiu o Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, António Saraiva, citado na nota.
No total, a estrutura de emergência da CVP na Madeira, onde lavra um incêndio há mais de uma semana, dispõe de sete ambulâncias totalmente equipadas e "mais de 80 pessoas, incluindo técnicos de saúde (nomeadamente, socorristas e enfermeiros) que, de modo voluntário, respondem à emergência pré-hospitalar e a outras necessidades que se colocam na região".
O material é enviado através do Fundo de Emergência da Cruz Vermelha, para o qual é possível contribuir através do link https://apoiar.cruzvermelha.pt/
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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