Obras na maternidade vão libertar bloco operatório do hospital de Viana
O presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho disse hoje que a requalificação da maternidade vai avançar em setembro e que a intervenção "vai libertar o bloco operatório central, que está muito pressionado".
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País Maternidade
Em declarações aos jornalistas, à margem da entrega de 12 viaturas elétricas aos Cuidados de Saúde Primários (CSP), João Oliveira adiantou que "a maior diferença, para além da remodelação dos espaços atuais, é a criação de um bloco operatório e de um bloco de partos dentro do piso de ginecologia e obstétrica".
"As parturientes que necessitem de cesarianas não terão de ir ao bloco operatório central, ficam mais próximo do serviço, com melhor atendimento, mas também a cirurgia programada de ginecologia pode ser executada neste bloco de partos, o que significa que nos vai libertar o bloco operatório central, que está muito pressionado e altamente esgotado em termos de capacidade", sustentou.
Na terça-feira, o Governo autorizou a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) a assumir um encargo plurianual até ao montante de 2,146.541,77 euros para a requalificação do bloco de partos do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.
De acordo com a portaria publicada terça-feira em DR e hoje consultada pela Lusa, os encargos resultantes do contrato não excederão este ano o valor de 858.616,71 euros, a que acresce IVA à taxa legal em vigor.
Em 2025, o valor será de 1.287.925,06 euros, mais IVA.
"Só não começamos [as obras] antes porque faltava esta portaria. O processo já está todo validado pelo Tribunal de Contas. Contamos que as obras comecem em setembro. A duração prevista da execução era de 10 meses, mas poderá derrapar um bocadinho. Por isso é que era precisa a portaria de encargos porque o investimento vai entrar em 2025", explicou João Oliveira.
Questionado sobre a remodelação da urgência pediátrica, o presidente do conselho de administração da ULSAM adiantou que "já estão a ser montados os monoblocos para retirar [aquele serviço] dos contentores com mais de uma década para permitir o início da obra definitiva".
"Em paralelo, estamos a elaborar o projeto definitivo para a urgência de adultos e pediátrica. Vai ser um projeto conjunto", referiu.
O responsável adiantou que a nova Unidade de Saúde Familiar (USF) da Meadela, um investimento de 3,4 milhões de euros, vai abrir ao público na terça-feira.
João Oliveira acrescentou que a mudança da USF Tiago de Almeida para o novo edifício vai começar na sexta-feira.
O projeto resultou de uma parceria efetuada através de um protocolo de colaboração estabelecido entre o município de Viana do Castelo, a ULSAM e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte).
O novo equipamento de saúde conta com 14 gabinetes de consulta médica, 10 gabinetes de enfermagem ou de consulta de enfermagem, quatro consultórios, uma sala de amamentação, uma sala de espera materno-infantil e fraldário, dois gabinetes multifunções, integrando ainda salas de tratamento, salas de espera, arquivo, salas de reuniões e de pessoal, casas de banho, vestiários e zonas de manutenção técnica.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2.500 profissionais, dos quais cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.
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