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Costa? "Tem as melhores características para saber fazer pontes" no CE

O novo embaixador português junto da União Europeia (UE) argumenta que o futuro presidente do Conselho Europeu, António Costa, tem as "melhores características" para fazer pontes entre os líderes europeus, esperando que também compreenda as "sensibilidades" portuguesas.

Costa? "Tem as melhores características para saber fazer pontes" no CE
Notícias ao Minuto

07:58 - 15/09/24 por Lusa

País Pedro Costa Pereira

O novo embaixador português junto da União Europeia (UE) argumenta que o futuro presidente do Conselho Europeu, António Costa, tem as "melhores características" para fazer pontes entre os líderes europeus, esperando que também compreenda as "sensibilidades" portuguesas.

 

"O doutor António Costa tem as melhores características e as mais do que necessárias para ser um excelente presidente do Conselho Europeu e para, justamente, saber fazer pontes" entre os líderes da UE, afirma Pedro Costa Pereira em entrevista à agência Lusa em Bruxelas.

Há pouco mais de duas semanas no cargo, o embaixador observa que, embora o foco de António Costa passe a ser europeu quando assumir funções a partir de dezembro, "um português é capaz de compreender melhor aquelas que são as sensibilidades e os interesses portugueses", sendo este "um valor acrescentado" para o país.

O responsável lembra, desde logo, que "o Governo português se empenhou fortemente na sua candidatura" pois ter um português à frente de uma instituição europeia como a composta pelos 27 chefes de Governo e de Estado da UE "é um motivo de orgulho nacional", assim como aconteceu com Durão Barroso à frente da Comissão Europeia ou com António Guterres nas Nações Unidas.

"Evidentemente que, para nós, é sempre um valor acrescentado grande ter alguém que compreende as nossas sensibilidades, mas o que é realmente importante para nós é que [...] a União Europeia funcione bem e, para que isso aconteça, é absolutamente essencial o papel do presidente do Conselho Europeu na facilitação de compromissos na tomada de decisão", salienta Pedro Costa Pereira.

O novo líder da missão diplomática portuguesa junto da UE acrescenta que o papel de António Costa será, precisamente, "procurar aquilo que é o bom equilíbrio para a tomada de decisões, para que o interesse europeu seja bem servido".

Em junho passado, o ex-primeiro-ministro português António Costa foi eleito presidente do Conselho Europeu pelos chefes de Estado e de Governo da UE para um mandato de dois anos e meio, que começa a 01 de dezembro de 2024.

António Costa será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu, sucedendo ao belga Charles Michel, no cargo desde 2019.

Aos 61 anos, Pedro Costa Pereira é, desde final de agosto passado, o novo embaixador português junto da UE.

Sucede no cargo a Pedro Lourtie, que deixou estas funções para se tornar chefe de gabinete do futuro presidente do Conselho Europeu, António Costa.

Antes de estar à frente da Representação Permanente (Reper) de Portugal junto da União Europeia, Pedro Costa Pereira era o embaixador português junto da NATO, um cargo que ocupava desde 2019.

Antes, passou por funções como a de assessor do primeiro-ministro Durão Barroso para os Assuntos Europeus ou a de representante permanente adjunto na missão diplomática portuguesa junto da UE, entre outras no âmbito dos Negócios Estrangeiros.

Nesta entrevista à Lusa, Pedro Costa Pereira diz ainda querer garantir um "papel ativo" da Reper no combate ao défice da representação portuguesa nas instituições europeias, em comparação com o peso de funcionários de outros países, um problema que tem vindo a agravar-se com as saídas para a reforma de trabalhadores em lugares de topo.

"É uma questão estrutural e os resultados não podem ser esperados a curto prazo", mas é preciso trabalhar para "tentar influenciar a ocupação desses lugares de topo e, ao mesmo tempo e em coordenação com Lisboa, apostar na preparação das pessoas que têm intenção de concorrer ao universo das instituições europeias", adianta o embaixador à Lusa.

Estima-se que o peso dos funcionários portugueses a trabalhar em instituições europeias (como a Comissão) corresponda a 2%, quando a taxa de referência por país é de 3,1%, razão pela qual o país tem vindo a apostar na divulgação dos postos de emprego, na formação e na mobilidade.

Leia Também: Livre quer ouvir Costa na AR sobre a sua "visão e pensamento" para Europa

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