"Temos atualmente [cerca das 20:00] duas frentes ativas com grande intensidade a propagarem em zona florestal e a dirigirem-se para duas localidades", uma em Santiago de Cassurrães e outra em Freixiosa", afirmou o autarca.
Marco Almeida disse ainda que o incêndio, "para já não ameaça o concelho de Nelas, está na direção de Gouveia, pela serra, embora a muitos quilómetros de distância".
O presidente da autarquia adiantou, por outro lado, que esta quarta-feira as escolas do concelho vão manter-se fechadas, à semelhança do que sucedeu hoje.
Este fogo deflagrou em Miuzela, concelho de Penalva do Castelo (distrito de Viseu), pelas 00:15 de segunda-feira, e propagou-se para Mangualde, mobilizando, cerca das 20:30, 168 operacionais e 46 veículos.
Pela mesma hora, o Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões mobilizava para o fogo que eclodiu pelas 11:53 de segunda-feira no Folhadal, concelho de Nelas, 331 operacionais, apoiados por 94 veículos.
Este incêndio de Nelas alastrou aos concelhos vizinhos de Carregal do Sal, no distrito de Viseu, e aos municípios de Tábua e Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra.
Ainda no distrito de Viseu, no concelho de Castro Daire, o fogo com origem pelas 21:23 de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões, mobilizava, pelas 20:30, 208 operacionais, apoiados por 59 veículos.
Segundo o Comando Territorial de Viseu da Guarda Nacional Republicana (GNR), estão cortadas ao trânsito, devido aos incêndios, as seguintes vias em Castro Daire: A24, entre Mamouros e Viseu, EN2, entre Mamouros e Ribolhos e EN228, entre Fermontelos e Figueiredo de Alva.
No distrito de Viseu estão ainda cortadas a A25, entre Mangualde e Chãs de Tavares, o Itinerário Complementar 12 (IC12) em Nelas e Carregal do Sal e as EN 16, 231 e 329, em Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo.
O incêndio em Mangualde provocou uma vítima mortal, durante a noite, de doença súbita, confirmou hoje à Lusa fonte da Proteção Civil. Segundo fonte do Comando Sub-Regional Viseu Dão Lafões, a habitação não ardeu.
Segundo os presidentes das câmaras de Nelas, Mangualde e Penalva do Castelo "há registo de casas de habitação queimadas e alfaias agrícolas", mas nenhum dos autarcas conseguiu ainda contabilizar os respetivos números.
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