Morte de Diana Santos conhecida há 2 anos. Como está o caso da emigrante?
Investigação ao homicídio continua a ser um mistério e envolve vários países. Um suspeito continua a monte.
© ShutterStock
País Diana Santos
Passaram dois anos desde que foi conhecido o caso de Diana Santos, emigrante portuguesa assassinada e desmembrada no estrangeiro. Foi no dia 19 de setembro de 2022 que foram encontrados os primeiros restos mortais da mulher. Mas em que ponto está o caso?
Recorde-se que o corpo foi encontrado, em Mont-Saint-Martin, na fronteira francesa com o Luxemburgo sem os braços, sem parte das pernas e sem cabeça. A mulher só viria a ser identificada semanas mais tarde. Tal como relatava o jornal Contacto, na altura, devido ao estado do corpo, este só foi reconhecido pelas tatuagens, uma das quais tinha o nome do filho. O corpo foi identificado por um ex-namorado da vítima, que reconheceu a tatuagem.
Diana Santos, de 40 anos, natural das Caxinas, Vila do Conde, estava emigrada há vários anos no Luxemburgo, onde era conhecida por cantar em festas de emigrantes e bares de karaoke.
No dia 7 de outubro de 2022, o Ministério Público de Diekirch anunciou que tinha sido detido um suspeito. Said Banhakeia, na altura com 48 anos, ficou em prisão preventiva na penitenciária de Schrassig, acusado de homicídio premeditado e considerado o principal suspeito do crime. O arguido, de nacionalidade marroquina, é tio de Gibran Banhakeia, alegado marido de Diana - na sequência do que terá sido um casamento arranjado - e que se encontra desaparecido.
No dia 1 de novembro desse ano, outras partes do corpo foram encontradas em Temmels, na Alemanha, junto à fronteira com o Luxemburgo. As autoridades nunca confirmaram exatamente quais os membros que haviam descoberto ou se já tinham o corpo completo. Os resultados do teste de ADN confirmaram a ligação com o tronco que tinha sido descoberto em Mont-Saint-Martin.
Os restos mortais da portuguesa viriam a ser trasladados do Luxemburgo para Portugal apenas no início deste ano e a família pôde, finalmente, avançar, com as cerimónias fúnebres, embora sem quaisquer respostas sobre o caso, que continua envolto em mistério.
Agora, passados dois anos desde que foram encontrados os primeiros restos mortais, o Contacto, que cita fontes judiciais, avançou que o segundo suspeito continua a ser procurado e que a investigação já chegou a Marrocos.
"No caso em questão, uma pessoa encontra-se detida. Uma segunda pessoa continua a ser procurada, tendo sido emitido um mandado de captura internacional em seu nome. Além disso, podemos dizer que estão ainda em curso várias cartas rogatórias internacionais, nomeadamente em Marrocos", disse o Ministério Público de Diekirch em resposta àquele jornal.
A carta rogatória, note-se, consiste numa solicitação, por um tribunal ou autoridade nacional, para a prática de um ato processual que exija a intervenção de serviços judiciários a autoridade estrangeira. De notar ainda que as autoridades acreditavam que Gibran Banhakeia se tinha deslocado para Marrocos.
Gibran e Diana terão casado a 14 de julho de 2022, Ettelbruck, a troco de uma elevada quantia de dinheiro, para que o homem obtivesse os documentos de residência no Luxemburgo e começaram, depois, a viver juntos. As autoridades nunca confirmaram que o casamento ocorreu.
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