"Uma vida profissional de décadas ao serviço do Ministério Público (MP) granjeou-lhe o reconhecimento de todos, e também um conhecimento cabal da realidade das atribuições do MP que não se restringem à esfera penal. Áreas com a Laboral, o Tributário e, para mim de superior relevo, a área da Família e Menores, merecem que a comunidade conheça e reconheça a importância do MP na concretização da democracia que é sinónimo de Estado de Direito", sublinha António Marçal.
Segundo o líder do STJ, "a discrição com que sempre exerceu as suas funções [de procurador] será agora colocada à prova, uma vez que se exige que haja uma abertura à comunidade, que se explique de forma simples e continuada a atuação do MP e não apenas quando surgem caso de maior relevo mediático".
"Enquanto Oficial de Justiça, estou certo de que o doutor Amadeu Guerra tem a noção do papel crucial que os funcionários desempenham no apoio a esta magistratura e que saberá sensibilizar o poder político para o reforço de meios humanos, uma vez que sem eles está cada vez mais ameaçada a eficácia do papel Constitucional atribuído ao MP", argumenta António Marçal.
Segundo o mesmo dirigente sindical, o sucesso de Amadeu Guerra "será sem dúvida essencial para o sucesso da Justiça no seu todo".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nomeou hoje Amadeu Francisco Ribeiro Guerra, de 69 anos, como Procurador-Geral da República.
A nomeação, sob proposta do Governo, foi divulgada na página oficial da Presidência da República, na Internet.
O novo PGR sucede a Lucília Gago, que ocupou o cargo desde outubro de 2018, quando era ministra da Justiça Francisca Van Dunem e chefe de Governo António Costa.
O seu mandato ficou marcado pela polémica ligada ao caso 'Influencer', que levou à demissão do ex-primeiro-ministro António Costa, em 07 de dezembro de 2023.
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