Segundo o autarca socialista, “ao dia de hoje a Câmara de Lisboa deve à Junta de Benfica 1,4 milhões de euros”, situação que tem comprometido o pagamento das refeições escolares.
“Estamos esperançados que durante esta semana entre [nas contas da Junta de Freguesia de Benfica] alguns pagamentos. O senhor vice-presidente já me deu nota que daqui a duas ou três semanas o montante maior, que se prende com as refeições escolares seja sanado”, afirmou Ricardo Marques.
O autarca, que falava esta tarde durante a reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, no período de perguntas e respostas relativas às freguesias da capital, voltou a manifestar as dificuldades de tesouraria da autarquia.
“Isto é uma situação que ocorre há um ano. A reincidência destes atrasos e o peso que isso tem para nós”, apontou.
Em resposta, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), manifestou disponibilidade para resolver esta situação e prevenir a ocorrência de outras no futuro.
“Nós quando iniciamos funções era prática que grande parte dos contratos [de delegação de competências] que eram assinados não estavam refletidos no orçamento. Começava o orçamento sem esses valores estarem devidamente inscritos. Depois era ao longo do ano, através de alterações orçamentais que seria introduzido esse valor no orçamento, como aconteceu na Higiene Urbana”, exemplificou.
O autarca referiu que está a ser feito “um apelo” para que o orçamento municipal inscreva logo “toda a despesa que sabe que é certa”.
“As despesas com as juntas de freguesia, muitas vezes, incorporam este leque de despesas que se sabe que são certas. Espero que no próximo orçamento isso possa ser feito. Existe abertura e empenho para que assim seja”, sublinhou.
Em declarações à agência Lusa, em 13 de setembro, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, atribuiu esta dificuldade de pagamento da autarquia à Junta de Benfica ao bloqueio da oposição, de que o PS faz parte, a uma proposta de alteração orçamental.
“O sr. presidente da junta não recebeu o dinheiro porque a sua coligação pré-eleitoral, Cidadãos por Lisboa, (…) não deixou que essa alteração fosse aprovada”, explicou o autarca eleito pela coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança).
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