O protesto foi convocado através de um manifesto contra o "turismo descontrolado", subscrito por 80 pessoas e um movimento (Porta a Porta), que alerta para o impacto do "aumento desregrado do turismo", ao mesmo tempo que reclama "uma cidade aberta, limpa, organizada, que receba e acolha", no respeito por quem nela vive.
"Por Lisboa, faz-te ouvir!" é o lema do manifesto, que reclama: "Qualquer cidade deve ser um espaço para viver e visitar. Quando o primeiro dos termos é esquecido em detrimento quase em exclusivo do segundo, os desequilíbrios são muitos e insustentáveis".
Entre os signatários do manifesto (que está aberto a novos subscritores) estão personalidades como a ex-deputada Heloísa Apolónia, o sociólogo e antigo líder da CGTP Manuel Carvalho da Silva, o economista Ricardo Paes Mamede, a historiadora Raquel Varela, os músicos Filipe Raposo, Cristina Branco e Mitó Mendes e as escritoras Luísa Costa Gomes e Tatiana Salem Levy.
Assinam ainda o documento, entre outros, o escritor e professor universitário Fernando Pinto do Amaral, o arquiteto Tiago Mota Saraiva, o encenador e dramaturgo Tiago Rodrigues, as atrizes Ana Brandão e Carla Bolito, os realizadores Fernando Vendrell e Miguel Gonçalves Mendes, os programadores culturais Cíntia Gil e Sérgio Machado Letria e o cartoonista Nuno Saraiva.
No manifesto, os subscritores consideram que o executivo da Câmara Municipal de Lisboa, liderado pelo social-democrata Carlos Moedas, não reconhece a "existência de um problema que urge resolver, através de medidas de contenção da carga turística na cidade".
A crise na habitação decorre da "expansão desbragada e encorajada de um turismo descontrolado e da especulação imobiliária que surge como uma das suas primeiras consequências", sustentam.
O protesto -- convocado para hoje, entre as 09h00 e as 13h00 -- decorrerá em seis locais da cidade em simultâneo: Praça do Município, edifício da Câmara de Lisboa no Campo Grande, Chiado, São Pedro de Alcântara, Portas do Sol e Avenida da Liberdade.
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