Governo quer armazenar e distribuir a água que provoca inundações

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, afirmou hoje que é preciso investir para que a água que cai em excesso, em vez de provocar inundações que põem em perigo pessoas e bens, seja devidamente armazenada e distribuída.

Notícia

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
18/10/2024 18:20 ‧ 18/10/2024 por Lusa

País

Seca

Falando em Braga, à margem de uma visita ao Banco Português de Germoplasma Vegetal, José Manuel Fernandes sublinhou que a estratégia de gestão da água que está a ser elaborada tem essa vertente de proteção civil.

 

"Temos de procurar que, quando há água em excesso, em vez de inundações, ela possa ser retirada ou, por exemplo, bombada para ser armazenada e depois distribuída, protegendo a vida das pessoas", defendeu.

Afirmando que "ninguém pode ser" contra a proteção civil e a segurança das pessoas, o ministro criticou ainda o "fundamentalismo" de quem preferia um Alentejo deserto a ter o investimento no Alqueva ou de quem preferia ver as barragens destruídas e a consequente necessidade de retirar as pessoas e destruir habitações.

O Governo criou, em julho, um grupo de trabalho, designado 'Água que Une', para elaborar uma nova estratégia nacional para a gestão da água.

No despacho publicado no Diário da República, lê-se que uma das prioridades é "a criação de novas infraestruturas e origens de água, onde se incluem infraestruturas de armazenamento, regularização e captação de água, unidades de dessalinização e, em último recurso, a interligação entre bacias hidrográficas".

Rejeitando liminarmente o termo "autoestrada da água", José Manuel Fernandes disse que o que está na forja, é "um sistema que respeita o ambiente, que protege as pessoas e que, em simultâneo, consegue ter a água para a população e para a agricultura.

"E uma água que deve ser distribuída de forma eficiente", vincou.

A estratégia, adiantou, implica um "investimento pesado", é "verdadeiramente estruturante para Portugal", focando-se no consumo humano, na agricultura, na proteção do ambiente e na defesa das populações, e deverá ser apresentada em janeiro.

"Temos montes de estudos, se nós quiséssemos adiar pedíamos mais um estudo, mas há estudos mais do que suficientes para agora fazer esse cronograma e essa calendarização", rematou.

Leia Também: Seca: Ideia de que há excesso de água no Norte é "absolutamente errada"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas