A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal de Braga, deteve três homens, com 21, 30 e 47 anos, por se fazerem passar por inspetores da PJ.
O comunicado avança que os detidos são suspeitos da prática dos crimes de burla qualificada, associação criminosa, sequestro, usurpação de funções e falsificação ou contrafação de documentos, no âmbito da “Operação Faux Javert I”.
Os arguidos atuavam em conjunto com dois outros, que já tinham sido detidos pelos mesmos crimes, em setembro do ano passado, aos quais foi "aplicada a medida de coação de prisão preventiva", nessa altura.
A PJ avança que a investigação teve início em junho após ter sido reportada a atividade ilícita dos suspeitos.
"Simulando uma busca na residência e numa empresa de um empresário de Fafe, munindo-se para o efeito de autorizações judiciais contrafeitas e devidamente equipados com coletes, crachás e outra indumentária típica deste serviço de segurança, evidenciando algum profissionalismo e confiança na suposta diligência, logrando a aparente apreensão de ouro, relógios, documentos e dinheiro, cujo valor ultrapassou largamente os cem mil euros", declaram ainda as autoridades.
O grupo identificado pela PJ apresentava um "vasto passado criminal, da tipologia dos ilícitos aqui em investigação e de outros, tendo já sido condenados e cumprido penas de prisão".
Os homens com esta prática "enriqueceram ilegitimamente em centenas de milhares de euros", revela a PJ no mesmo comunicado.
Com recurso a buscas, a última feita possibilitou à PJ recuperar cerca de 30 mil euros assim como "apreender viaturas, crachás, coletes, documentos de identificação contrafeitos, entre outros, alusivos à PJ".
Os três suspeitos foram presentes às autoridades para interrogatório judicial. Um dos detidos ficou em prisão preventiva enquanto que os outros dois ficaram sujeitos à obrigação de apresentações periódicas bissemanais às autoridades locais e proibição de contactos.
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