Lusa repudia acusação de boicote no corte do serviço da agência ao DN

O presidente da Lusa repudiou hoje a acusação da Global Media de que houve boicote no corte do serviço ao DN e disse que foi forçado a fazê-lo devido às dívidas, mas sobretudo à ausência de resposta a contactos.

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02/12/2024 16:16 ‧ há 2 horas por Lusa

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Em comunicado interno hoje divulgado, Joaquim Carreira diz "repudiar o conteúdo" do comunicado da Global Media hoje de manhã, "nomeadamente o que designam de 'boicote' e 'bloqueio unilateral'".

 

A Global Media acusou hoje a Lusa de boicote e "ataque à informação livre e incómoda" do Diário de Notícias (DN) após por a agência de notícias ter cortado o serviço noticioso ao DN na passada sexta-feira às 17:00 (hora de Lisboa) por falta de pagamento.

Contactado hoje de manhã, o presidente do Conselho de Administração da agência, Joaquim Carreira, afirmou que esta foi uma "decisão de gestão" após uma "situação extrema de uma empresa que não fez qualquer liquidação de faturas" e não respondeu devidamente aos contactos feitos no sentido de encontrar uma solução.

Hoje à tarde, no comunicado divulgado aos trabalhadores da Lusa, o gestor dá mais pormenores do que se passou, detalhando que já em outubro a Lusa contactou a administração da Global Media a alertar para o facto de haver dívida vencida e não paga relativa ao Diário de Notícias (DN) e ao Dinheiro Vivo e que em novembro voltou a comunicar por várias vezes "alertando para o agravamento da situação".

Em específico na semana passada, diz Joaquim Carreira, foi enviado um 'email' na segunda-feira a exigir o pagamento de dívida até quarta-feira e, sem qualquer resposta a contactos, na quinta-feira passada a Lusa enviou novo aviso a exigir o pagamento até sexta-feira às 13:00 horas, tendo também ficado sem resposta.

"Perante a ausência de comunicação, a Lusa foi forçada a, no final da tarde de sexta-feira, suspender os serviços das referidas marcas do GNMG [Grupo Global Media]. De salientar que não se encontra em causa a prestação de serviços ao título Açoriano Oriental, pertencente ao mesmo grupo editorial, nem ao JN, o Jogo e TSF, pertença do grupo Notícias Ilimitadas", afirmou Joaquim Carreira no comunicado aos trabalhadores da Lusa.

Ainda segundo Joaquim Carreira, a suspensão do serviço deveu-se não só devido à dívida, mas sobretudo à falta de respostas da Global Media.

"Concluo informando que a medida acima tomada deveu-se não só ao não cumprimento das obrigações financeiras do Cliente perante a Lusa, mas sobretudo à ausência de resposta da administração da GNMG a todos os esforços de conversação efetuados pela Lusa, e não a qualquer decisão unilateral sem fundamento", afirmou o gestor no comunicado interno.

O Estado português detém, atualmente, 95,86% do capital da Lusa, depois de, em 31 de julho, ter comprado os 45,71% da participação da Global Media e da Páginas Civilizadas na agência de notícias.

Leia Também: Sindicato dos Jornalistas pede reunião ao Governo sobre crise na dona da Visão

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