Reivindicações dos bombeiros? "Governo não vai decidir na base de coação"

Montenegro apelou a que os profissionais tenham "sentido de responsabilidade", pedindo que "as suas manifestações de reivindicação, a serem realizadas, se façam num espírito de cumprimento da lei e saudável do ponto de vista democrático".

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Notícias ao Minuto
04/12/2024 14:27 ‧ há 9 horas por Notícias ao Minuto

País

Luís Montenegro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, salientou, esta quarta-feira, que o seu Executivo está a tomar medidas que não só vão “ao encontro da valorização da carreira, como também ao sentido de igualdade e de equidade em toda a administração pública”, razão pela qual recusou tomar decisões com “base de coação”, tendo em conta a manifestação levada a cabo pelos bombeiros sapadores na terça-feira, à margem das negociações por aumentos salariais.

 

“O esforço do Governo está a ir não só ao encontro da valorização da carreira, como também ao sentido de igualdade e de equidade em toda a administração pública. É preciso que todas as carreiras que temos vindo a valorizar se possam consciencializar de que não temos recursos ilimitados. Não podemos andar permanentemente a negociar e a criar a expectativa de oferecer o que não temos para dar”, disse, em declarações aos jornalistas.

O responsável apelou, por isso, a que os profissionais tenham “sentido de responsabilidade”, pedindo que “as suas manifestações de reivindicação, a serem realizadas, se façam num espírito de cumprimento da lei e saudável do ponto de vista democrático”.

Solicitou ainda que quem está “sentado às mesas de negociações” também mostre sentido de responsabilidade, ao “reconhecer o esforço” que o Governo está a fazer.

“Estamos a fazer o esforço que é possível. […] Somos implacáveis com isto. Não só não seremos complacentes com violações das regras, do Estado de direito, como também não seremos complacentes com a reivindicação desmedida de situações de injustiça relativa ou de desequilíbrio. O Governo não vai decidir nunca na base de coação, nem dos que pretendem ir muito além do que são as nossas possibilidades. […] Jamais ultrapassarei os limites do que é aceitável”, sublinhou.

É que, segundo Montenegro, o esforço feito pelo Governo “está em relação de justiça equilibrado com o esforço que já [fez] com outras carreiras, nomeadamente com as forças de segurança e com as forças armadas”.

“Também aqui todos os profissionais acabam por ter acesso à valorização em termos remuneratórios para toda a administração pública”, disse.

Recorde-se que a reunião negocial entre sindicatos representativos dos bombeiros sapadores e Governo foi suspensa pelo Executivo, que alegou falta de condições. Isto porque, do lado de fora do edifício, cerca de três centenas de bombeiros protestavam lançando petardos e gritando palavras de ordem, na terça-feira.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou, entretanto, que dará conta do protesto ao Ministério Público, por não ter sido comunicado às autoridades e por utilização ilegal de petardos.

Leia Também: Sem abertura do Governo, bombeiros profissionais prometem novas ações

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