Governo "não valoriza profissão" docente e apresenta propostas "ofensivas"

O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) criticou hoje o ministério por apresentar propostas que "não valorizaram a profissão" e outras que considera ofensivas, como o pagamento de "menos de um euro por dia por estagiário".

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Lusa
13/12/2024 13:12 ‧ há 3 horas por Lusa

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STOP

"No contexto atual em que o país vive, e em que faltam professores, havia necessidade de valorização da profissão, mas infelizmente o que o senhor secretário de Estado apresentou não vai nesse sentido", criticou André Pestana, do STOP, à saída de mais uma ronda negocial sobre diplomas como colocação de professores, recuperação do tempo de serviço ou formação inicial.

 

Sobre a colocação de professores, André Pestana criticou algumas medidas, como a que quer "obrigar milhares de docentes, que já estão no quadro, a terem de concorrer para o seu Quadro de Zona Pedagógica (QZP) e para outro QZP".  

"Aceitar horários compostos entre agrupamentos que distam até 15 quilómetros por estrada", ou seja, aceitar trabalhar em várias escolas é outras das propostas recusadas pelo STOP, que lembra que os docentes não são obrigados a ter "um carro à disposição das necessidades das escolas".

Além disso, terem de se "adaptar a diversos projetos educativos de diferentes escolas acabará por acarretar mais cansaço e stress".

Outro dos pontos de desacordo tem a ver com as condições atribuídas a quem aceite ser orientador de estágio, em especial a redução de horário prevista e o valor atribuído: "Os orientadores não têm uma compensação financeira, nem de redução letiva, porque está dependente de haver ou não prejuízos para a escola", disse.

André Pestana considerou mesmo que a "proposta é ofensiva", porque segundo cálculos feitos pelo sindicato, os menos de 90 euros propostos pelo ministério "davam menos de um euro por dia por estagiário".

A reunião do STOP foi antecedida pela Federação Nacional de Educação (FNE), que reconheceu haver melhorias, até porque algumas das propostas feitas no último encontro foram aceites pela tutela.

Mas a FNE também entende que ainda há um caminho para percorrer, apesar de estar a ponderar retirar o pedido de reunião suplementar.

O valor a pagar aos professores que aceitem ser orientadores de estágio é um dos pontos de discórdia de todos os sindicatos. Se a Fenprof defende que devem ser 200 euros, a FNE diz ainda não ter um valor para apresentar, mas que em breve fará chegar ao ministério a sua proposta.

Leia Também: Docentes orientadores? Sindicatos defendem que redução horária seja regra

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