Montenegro defende "investimento coordenado" na Defesa dos países da UE

Em Bruxelas, Luís Montenegro considera que a "Europa deve ter uma perspetiva de diálogo" em relação à Defesa.

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Cátia Carmo
03/02/2025 11:00 ‧ há 3 horas por Cátia Carmo

País

Luís Montenegro

Perante as exigências de aumento do investimento na Defesa, quer por parte dos Estados Unidos quer da NATO, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, defende que a União Europeia (UE) crie uma "linha de financiamento própria" com a qual os 27 Estados-membros devem estar em sintonia.

 

"É importante que o investimento, nesta fase de grande dimensão, possa ser coordenado, que não haja redundância e que todos os Estados-membros possam colocar em cima da mesa a sua estratégia. Esta experiência do Plano de Recuperação e Resiliência mostrou-nos que é possível, de forma coordenada e comum, os Estados fazerem investimentos ao mesmo tempo", afirmou Montenegro, que participa, esta segunda-feira em Bruxelas, na jornada de reflexão informal dos líderes da UE sobre Defesa.

Montenegro já tinha afirmado que Portugal está disponível para antecipar "ainda mais" o prazo para que o país atinja um investimento de 2% do PIB no setor da defesa.

Portugal já se tinha comprometido a atingir a meta em 2029, mas o primeiro-ministro admitiu que Portugal poderá ter de antecipar o objetivo.

"Não é preciso ser Prémio Nobel da Economia para perceber que tarifas sobem preços"

No que toca à imposição de tarifas à União Europeia já prometida pelo presidente norte-americano Donald Trump, o primeiro-ministro português argumenta que "a Europa é um bloco comercial competitivo" e também terá de ter, em relação a este assunto, "conformação de posições".

"O aumento das tarifas não favorecem a própria economia dos Estados Unidos, mas é uma decisão que compete à administração e que temos de respeitar. Não há razão para não termos capacidade de mostrar, com argumentação, as virtudes de termos trocas comerciais que não estejam marcadas por uma excessiva carga tarifária", explicou o primeiro-ministro.

Montenegro disse ainda não ser "preciso ser um Prémio Nobel da Economia" para perceber que a aplicação de tarifas aos produtos importados provoca um aumento dos preços.

"Não é preciso ser um Prémio Nobel da Economia para perceber que o aumento das tarifas sobre produtos que colaboram para a formação do preço do lado das indústrias americanas vai impactar um aumento de preços", declarou.

Ainda assim, Luís Montenegro vincou que "tudo aquilo que demana dos responsáveis políticos que representam a vontade popular dos respetivos países é sempre de levar a sério", pelo que Donald Trump "tem toda a legitimidade" de avançar com tais medidas, a seu ver.

"O Presidente Trump foi eleito na base do voto popular dos americanos e, portanto, é preciso respeitar aquelas que são as suas posições, mas isto é um processo evolutivo e a minha convicção é que o diálogo político deve ser a chave para podermos ter condições económicas para ter boas taxas de crescimento, quer nos Estados Unidos, quer na Europa", adiantou.

[Notícia atualizada às 11h25]

Leia Também: Primeiro retiro de líderes da UE criado por Costa decorre em Bruxelas

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