"É uma vitória para a Justiça e é uma situação em que se deve valorar o trabalho da Polícia Judiciária", defendeu o líder máximo do Ministério Público, à saída de uma reunião de trabalho com magistrados do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Central Administrativo Sul, em Lisboa.
O PGR destacou, ainda, a importância da cooperação com as autoridades de outros países na recaptura dos cinco fugitivos, "num prazo relativamente curto".
Rodolfo Lohrmann, cidadão argentino de 59 anos, e Mark Roscaleer, britânico de 36, foram detidos na quinta-feira em Alicante, no sudeste de Espanha, ao abrigo de um mandado de detenção europeu emitido por Portugal, um instrumento jurídico que é agilizado mais rapidamente do que outros mandados de detenção internacionais, explicou hoje o diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, numa conferência de imprensa conjunta com o diretor-geral da Polícia Nacional de Espanha, Francisco Pardo Piqueras, em Madrid.
As autoridades espanholas tinham já tido a um papel essencial na detenção de Fábio Loureiro, português de 33 anos, em Tânger (Marrocos), em 07 de outubro de 2024.
Um mês mais tarde, Fernando Ribeiro Ferreira, de 61 anos e também português, foi detido numa casa numa pequena localidade do concelho de Montalegre.
O georgiano Shergili Farjiani, de 40 anos, foi o terceiro a ser recapturado, em Itália, em 10 de dezembro.
Quando fugiram, os cinco reclusos cumpriam penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento, entre outros crimes.
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