Durante a noite, "o vento forte arrancou uma parte da cobertura do Parque Tecnológico de Óbidos e a chuva abundante provocou infiltrações nas empresas localizadas nessa parte do edifício", disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel (PSD).
De acordo com o autarca, a tempestade "danificou uma calha em L em e cobertura em lona, com uma camada de lã de rocha", numa das esquinas dos edifícios centrais do parque, afetando, "para já, três empresas, que vão ser instaladas em instalações municipais".
À agência Lusa, Filipe Daniel afirmou que "ainda não foi possível fazer o levantamento dos prejuízos", admitindo que mais empresas de base tecnológica possam ter sofrido danos causados pela depressão Martinho.
No concelho de Óbidos, no distrito de Leiria, registaram-se ainda "pequenos danos em escolas e em estruturas da rede elétrica e de telecomunicações, que estão a ser avaliadas", disse o presidente.
O sub-comando de Emergência e Proteção Civil do Oeste registou 316 ocorrências entre as 12h00 de quarta-feira e as 07h00 de hoje, estando a maioria relacionadas com quedas de árvores, de estruturas e de cabos de fornecimento de energia.
A situação mais grave registou-se no concelho da Lourinhã, onde 13 pessoas ficaram desalojadas, em Miragaia, tendo sido realojadas pela Proteção Civil na Pousada da Juventude da Praia da Areia Branca.
A região Oeste integra os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral (distrito de Leiria), Lourinhã, Torres Vedras, Cadaval, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Alenquer (distrito de Lisboa).
Portugal continental está desde o fim de quarta-feira sob aviso laranja devido ao vento forte causado pela depressão Martinho.
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