Disponível desde sexta-feira, a lista de professores colocados continua a causar confusão. De acordo com o Público, foram várias as tentativas já feitas para descobrir qual a fórmula utilizada pelo Governo para ordenar os milhares de professores sem vínculo que concorreram à Bolsa de Contratação de Escola (BCE).
O presidente da Associação Nacional de Professores Contratados (ANPC), César Israel Paulo, defende que os docentes estão a ser colocados “de forma incorreta e com base num erro matemático na fórmula que determinou a sua ordenação”.
Segundo a publicação, os professores em causa – contratados para preencher 2.500 dos 3.473 horários ainda em falta – estão a ser colocados pela ordem em que ficaram na lista, mas é essa mesma ordem que causa confusão, uma vez que existem docentes posicionados centenas ou milhares de lugares à frente de outros, em comparação com o que aconteceria se a ordenação fosse feita de acordo com a graduação profissional, determinada pela nota de curso, anos de serviço e avaliação.
A ordenação da BCE tem por base a classificação de cada professor, que depende da média ponderada de 50% da graduação profissional e 50% da avaliação curricular, mas para a ANPC o Ministério da Educação e Ciência (MEC) está, deste modo, a ignorar o facto de a graduação profissional ser “um valor de base 20” e não uma percentagem.