Esta Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento, que integra a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), considera que, "com firmeza e humildade, [Francisco] sonhou uma Igreja para todos, todos, todos e guiou-a por caminhos de renovação e abertura, promovendo o diálogo entre culturas, religiões e povos".
"A sua incansável dedicação aos mais pobres, marginalizados e às realidades periféricas inspirou a nossa missão e a nossa intervenção diária. O seu Pontificado fortaleceu o compromisso da Igreja com a justiça social, a dignidade humana e o cuidado pela Casa Comum", acrescenta este organismo que tem como missão promover o desenvolvimento humano integral, com a visão de construir uma sociedade onde cada pessoa possa viver com dignidade e justiça.
Criada em 1990, a FEC atualmente tem projetos em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.
Também a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) reagiu à morte do Papa, destacando "o legado de paz e simplicidade que deixou a todos aqueles que acreditam na bondade humana".
"Durante o seu pontificado, o Papa Francisco foi um exemplo de humildade, compaixão e dedicação ao serviço dos mais necessitados, pregando uma mensagem de amor, paz e justiça social", sublinha a UMP.
A instituição recorda que na Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário de 2025 'Spes non Confundit - a esperança não engana', Francisco "apresentou um conjunto de reflexões e propostas que tocam diretamente a missão e os valores das Misericórdias", convocando-as "para a mobilização em torno dos mais vulneráveis".
As Misericórdias de Portugal ficam mais pobres com esta perda, mas mais ricas no exemplo de trabalho e missão que nos deixou", acrescenta a UMP.
"O Papa Francisco foi o pontífice dos que estão nas periferias da sociedade, e um lutador incansável pela liberdade religiosa e pelos cristãos oprimidos. É assim que o recordamos e confiamos que agora temos outro intercessor no Céu pelo nosso trabalho", reagiu, por sua vez, a presidente executiva da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (Fundação AIS), Regina Lynch, numa nota divulgada pelo Secretariado Português da instituição.
Na nota, a responsável pela Fundação AIS recorda diferentes ações protagonizadas pelo Papa Francisco em favor dos cristãos perseguidos e os muitos esforços em prol do diálogo ecuménico e inter-religioso.
"Houve muitos pontos de contacto entre a Fundação AIS e o falecido Papa, não só no que diz respeito ao seu empenho pela liberdade religiosa e pelos Cristãos perseguidos, mas também ao seu empenho na evangelização e na oração", sublinha Regina Lynch, acrescentando que "a Fundação AIS faz o luto de um mensageiro do diálogo, do encontro e da misericórdia".
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
Leia Também: As datas principais da vida e do Pontificado do Papa Francisco