"A nova ministra vai encontrar um Ministério da Administração Interna com muita legislação para criar: tem a lei orgânica da GNR para acabar, tem a lei orgânica da PSP e depois, ainda com mais responsabilidade, tem o estatuto socioprofissional da PSP para iniciar negociações. Irá ter muito trabalho e pouco tempo para o fazer e as coisas apressadas nem sempre são as melhores", disse Armando Ferreira.
A professora universitária Anabela Rodrigues é a primeira mulher a assumir o cargo de ministra da Administração Interna, em substituição de Miguel Macedo, que anunciou a sua demissão no domingo.
A tomada de posse vai realizar-se quarta-feira às 12:00, no Palácio de Belém.
Antiga diretora do Centro de Estudos Judiciários, Anabela Maria Pinto de Miranda Rodrigues, independente, de 60 anos, é professora catedrática da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que dirigiu entre 2011 e 2013.
Armando Ferreira destacou a formação em direito da nova ministra, fazendo votos para que "cumpra a lei" nas negociações com os sindicatos.
"Sendo uma pessoa que vem do meio catedrático, que vem de formação de Direito, aquilo que o Sinapol espera é que cumpra as leis, algo que por vezes o ministério da Administração Interna era um tanto adverso a fazer", disse, adiantando que casos houve de aprovação de regulamentos que não tiveram as negociações necessárias com as estruturas sindicais.