Em declarações hoje à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), sediada no Porto, explicou que o Prémio ES+ Iniciativas de elevado potencial de empreendedorismo social no país, "é o reconhecimento institucional de um trabalho de sete anos" que vai permitir conseguir mais apoios financeiros para continuar a captar mais grupos que se responsabilizem pela qualidade dos rios em Portugal.
Os principais grupos voluntários que têm monitorizado a qualidade das águas dos rios em Portugal são grupos de crianças, escuteiros, famílias e autarquias, acrescentou o presidente da ASPEA, Joaquim Ramos Pinto, referindo que para 2015 a ideia "é alargar o apoio a mais grupos de famílias" que possam analisar a água de um troço de um rio ou de uma ribeira duas vezes por ano: primavera e outono.
Nos últimos sete anos de trabalho, 50 mil pessoas adotaram 187 quilómetros de rios em 20 distritos portugueses -- com maior incidência no norte de Portugal -- retirando duas toneladas de resíduos das margens dos rios e plantando centenas de árvores nas margens, enumerou a ASPEA.
"Há uma maior incidência de distritos do norte de Portugal porque houve um apoio financeiro de fundos europeus para os municípios do Norte, explicou Joaquim Ramos Pinto.
O projeto "Rios", de âmbito nacional, está implementado em 107 municípios de Portugal Continental e tem como principal objetivo a adoção e monitorização de um troço de 500 metros de um rio ou ribeira por parte de um grupo de pessoas.
O projeto pretende construir uma rede nacional de "cuidadores dos rios", monitorizando, preservando, valorizando os rios e ribeiras de Portugal, numa perspetiva de educação ambiental, alargando a responsabilidade ambiental e social a qualquer voluntário que queira ajudar.