Fonte oficial da autarquia do distrito de Lisboa, presidida pelo socialista Ricardo Leão, tinha confirmado esta tarde à agência Lusa que o município demoliu sete barracas, que tinham sido construídas de forma ilegal no sábado.
A mesma fonte acrescentou que a operação foi desencadeada em articulação com a empresa E-Redes, "de forma a desligar ligações ilegais de energia" e que se desconhecia se estariam habitadas.
Contudo, esta versão da Câmara de Loures foi negada pelo movimento Vida Justa, que acusou a autarquia de deixar sem alternativa habitacional oito famílias, num total de 16 pessoas.
"As casas foram partidas com os pertences das pessoas lá dentro. Estas pessoas chegaram do trabalho e tinham a sua casa destruída. Vão ficar a dormir na rua", afirmou Gonçalo Filipe, do Movimento Vida Justa.
Questionado sobre o facto de as construções terem sido edificadas no sábado, o ativista defendeu que mesmo que assim fosse as pessoas deveriam ser realojadas.
"É uma situação que requer a compreensão da Câmara de Loures e de todas as câmaras do país. O problema não termina com a demolição das casas. As famílias deste bairro devem é ser realojadas", argumentou.
A Lusa voltou a questionar a Câmara de Loures e ainda aguarda uma resposta.
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