O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, e o seu vice-presidente, Marcelo Pinto, são suspeitos de se terem apropriado de 16.891 euros de fundos cedidos para formação de agentes da PSP.
Estes fundos, vindos do Programa Operacional da Administração Pública (POAP), dizem respeito a cerca de 10% do valor total de 110 mil euros que o SINAPOL terá recebido entre 2006 e 2007, com os dirigentes a serem acusados de abuso de confiança. O jornal i refere que, deste montante, 11.920 euros foram usados por Armando Ferreira e outros 1.850 por Marcelo Pinto, enquanto 3.121 euros serviram para pagar os honorários de um advogado ao serviço do presidente do SINAPOL.
Confrontado com as acusações, Armando Ferreira diz-se “absolvido de desvio de subsídio, de outro abuso de confiança, de falsificação” e que é um caso de uma “montanha que pariu um rato”. A PJ, responsável pela investigação, concluiu que no SINAPOL “não havia uma contabilidade rigorosa, organizada e percetível”, uma desorganização que se alarga também às atas de reuniões que “não eram elaboradas com rigor”.
A PJ refere também que no SINAPOL há uma “manifesta confusão entre o que são contas do sindicato e do seu presidente”, com o Ministério Público a aconselhar o POAP de exigir um pedido de indemnização civil contra Armando Ferreira e Marcelo Pinto e a sugerir que Ferreira seja inibido de exercer qualquer função sindical.