"O Ministério do Ambiente faz parte do problema, não faz parte da solução", disse Florêncio Almeida, frisando que terá de ser alguém do Governo com capacidade para resolver o problema, que não o ministro do Ambiente, a dialogar com os taxistas.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) explicou que a decisão de permanecer na Rotunda do Relógio surgiu na sequência dos confrontos com a polícia, após esta ter impedido os manifestantes de cortar o acesso ao aeroporto.
Florêncio Almeida atribuiu a responsabilidade do "descontrolo da situação" às autoridades, por terem constantemente atrasado a marcha de protesto.
Os taxistas, contou, tinham recomeçado a marcha em direção à Avenida Gago Coutinho, mas pararam em plena Rotunda do Relógio e deixaram os carros para tentar cortar a estrada de acesso ao aeroporto por verem outros profissionais, alegadamente da Uber, a fazer o transporte de passageiros.
Os taxistas portugueses agendaram para hoje uma marcha lenta em Lisboa, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico que juntou centenas de carros na capital.
Em luta contra a regulação, proposta pelo Governo, da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify.
As plataformas Uber e Cabify permitem pedir carros descaraterizados de transporte de passageiros através de uma aplicação para 'smartphones', mas estes operadores não têm de cumprir os mesmos requisitos - financeiros, de formação e de segurança - do que os táxis.
A marcha saiu do Parque das Nações e tem como destino a Assembleia da República.