Mais de uma dezena de farmácias foram apanhadas a guardar medicamentos para exportação ilegal. O processo, de acordo com o i, é relativamente simples: compram remédios a um armazenista e devolvem a outro que depois vende as embalagens no estrangeiro, desviando do mercado remédios que fazem falta aos portugueses.
No entanto, o caso destas 13 farmácias pode ser apenas parte de um problema maior. O presidente do Infarmed informou ontem no Parlamento que estes casos foram detectados em apenas três dias numa inspecção que se centrou em 24 farmácias, sendo que em mais de metade as suspeitas confirmaram-se.
“Há muito mais suspeitas e estamos a promover acções de fiscalização”, adiantou o responsável, acrescentando: “Vamos encontrá-los”.
O mesmo jornal escreve que estes casos são apenas mais uma nuance por trás do desabastecimento de medicamentos nas farmácias, um problema que o Infarmed reconhece, apesar de negar a dimensão que circula nos jornais.
O presidente do Infarmed prometeu ainda, além de mais acções de fiscalização, a aplicação de novas medidas como a obrigação de notificação prévia quando se pretende exportar um medicamento da lista de 37 considerados essenciais.