Em conferência de imprensa na Unidade Apoio Geral Material do Exército (UAGME), Benavente, para fazer o ponto da situação da desativação dos Paióis de Tancos, Rovisco Duarte confirmou que o material recuperado na Chamusca "se encontra armazenado nas instalações de Santa Margarida, exceto as munições de 9 milímetros".
O general revelou em seguida que na relação do material encontrado "existe uma caixa a mais [de petardos], que não constava da relação inicial" do material furtado.
Rovisco Duarte considerou que a "ligeira discrepância" é "perfeitamente compreensível", dizendo que o material em causa era utilizado na instrução, podendo ter sido registada a sua saída e não ter sido na realidade consumido por várias razões, como por exemplo atmosféricas, regressando ao paiol.
"Se chove, a instrução pode ser interrompida e os rebentamentos podem não ser executados. (...) É material volante que saiu, uma caixa, não é tanto assim", disse, ressalvando que o Exército tem prestado toda a colaboração com os órgãos de polícia que estão a investigar o caso.
A Polícia Judiciária Militar anunciou em comunicado, no passado dia 18, que, no âmbito de investigações de combate ao tráfico e comércio ilícito de material de guerra, recuperou na "região da Chamusca, com a colaboração do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos".